"Para o ano 2024, a EDEC estabeleceu, no seu plano de atividades, um programa de investimentos importantes e imprescindíveis, com impacto direto na prestação de serviços junto dos clientes, nomeadamente, extensões de redes, iluminação pública e novas ligações de energia", lê-se no documento oficial, consultado hoje pela Lusa.
No documento explica-se que, devido aos desafios financeiros que a empresa enfrenta, nomeadamente no que se refere ao equilíbrio da tesouraria, não tem sido possível avançar com a implementação das atividades previstas.
Por isso, a Direção Geral do Tesouro deu o aval à EDEC para contrair o empréstimo bancário junto da Caixa Económica de Cabo Verde.
Foi autorizado um aval de 600 milhões de escudos (5,43 milhões de euros), sendo que 200 milhões (1,81 milhões de euros) serão destinados ao reforço da tesouraria, com prazo global de operação de 60 meses, conforme os períodos de utilização e de reembolso.
Os restantes 400 milhões de escudos (3,62 milhões de euros) serão aplicados em investimentos e manutenção de redes elétricas, com prazo global de operação de 84 meses, também conforme os períodos de utilização e de reembolso.
"Considerando a importância dos programas de investimento previstos no plano da empresa, com impacto na prestação de um serviço público essencial para a população e para o desenvolvimento da economia, o Estado de Cabo Verde, enquanto acionista maioritário, reconhece o papel relevante que a EDEC desempenha no setor energético nacional e manifesta a sua intenção de apoiar a empresa na mobilização desses recursos financeiros, através da concessão deste aval", referiu.
A EDEC é a nova empresa de Distribuição de Eletricidade de Cabo Verde, uma das três que resultou na extinção das filiais Norte e Sul da então Electra e da sua cisão.
As outras são a Empresa de Produção de Eletricidade de Cabo Verde (EPEC SA) e o Operador Nacional do Sistema Elétrico de Cabo Verde (ONSEC SA).
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