Os Reis de Espanha, Filipe e Letizia, marcaram presença, na segunda-feira, numa cerimónia de homenagem às vítimas das cheias que devastaram Valência, em outubro.

Os monarcas espanhóis deslocaram-se à catedral da cidade que sofreu com as intensas cheias, na segunda-feira, e juntaram-se aos mais de 400 familiares das mais de 200 vítimas mortais da tragédia.

Na catedral valenciana, o arcebispo Enrique Benavent presidiu a uma missa, que, de acordo com a Reuters, foi marcada pelo silêncio que acompanhou todo o momento.

A eucaristia em memória das vítimas mortais contou também com a presença de Carlos Mazon, líder do governo regional de Valência, que foi alvo de bastantes críticas devido à forma como lidou com a pior catástrofe natural da história recente do país vizinho.

Quem também foi alvo de contestação foi, precisamente, o Rei Filipe, que, aquando da sua visita às zonas afetadas pelas cheias, foi insultado e atingido com lama.

As inundações resultaram de níveis de chuva inéditos em Espanha e causaram danos em perto de 100 municípios, 87 dos quais na Comunidade Valenciana, segundo um mapa do sistema de observação europeu Copernicus. Ficaram sob água cerca de 25 mil hectares.

Nas zonas afetadas na região de Valência há mais de 840 mil residentes. Há 30.000 edifícios potencialmente danificados e 1.656 casas foram declaradas como não habitáveis. Em pelo menos 130 casos, terão de ser demolidas. Há a lamentar, pelo menos, 230 mortos.