O Benfica prepara-se para ter um centro de treinos na Flórida. Trata-se da Benfica Residential Academy, no campus da Sanit Leo University, na zona de Tampa, e, para o projeto que arranca em 2025, 80 candidatos a atletas/estudantes fizeram provas no relvado.

Em reportagem conduzida pelas águias, Leandro Scabin, country manager das águias nos Estados Unidos, explicou como surgiu o projeto. «Os EUA têm duas deficiências graves: uma é a metodologia no futebol, e a outra é a questão residencial, porque os clubes profissionais da MLS não têm residência. Nos EUA, a questão metodológica está a começar, não há uma metodologia estabelecida, o que prejudica demais o desenvolvimento de atletas americanos. A ideia era juntar a capacidade residencial ao ensino, que é muito bom, com a metodologia do Benfica, e o projeto nasceu», explicou.

André Ferreira, Carlos Veloso e João Rosmaninho lideraram os treinos e Ruy Castelo Branco é o diretor da residência. «O Benfica tem uma das melhores academias do mundo, e os atletas vão estar expostos, a tempo inteiro, a esse nível de treino em dois períodos por dia. Isso vai fazer muita diferença. É muito diferente do que é o mercado americano no futebol», assume o responsável. «O nosso objetivo está na metodologia. Se quiserem branding, há muitos outros clubes para comprar camisolas. O nosso foco é fazer com que cada estudante/atleta atinja a sua melhor versão como estudante e atleta para chegar ao potencial máximo, e para alguns o potencial máximo será jogar no Benfica. Se conseguirmos desenvolver o ser humano antes do atleta, isso vai facilitar que todos saiam felizes. É o que queremos, que saiam melhor do que entraram», adicionou.

Explica a reportagem que, para os frequentadores da Benfica Residential Academy, há quatro desfechos possíveis: chegar ao Benfica, jogar num parceiro na MLS — por exemplo, como refere o artigo, o FC Dallas, que tem parceria com as águias —, rumar a uma faculdade, como é comum no desporto de formação dos Estados Unidos, ou garantir a permanência na vida académica através da Saint Leo University.

O recinto contará com seis campos de futebol, duas quadras de futsal e alguns relvados sintétuicos, que, destaca Ruy Castelo Branco, são importantes devido à chuva que se faz sentir na Flórida: «Quando chove, os clubes aqui em redor têm de terminar o treino. Ter um campo de relva sintética ajuda», explicou.