O Famalicão recebe, amanhã (16 horas), o Santa Clara, num encontro relativo à 4.ª eliminatória da Taça de Portugal, e no Minho não há outro pensamento que não o de seguir em frente na prova.
A caminhada minhota na edição deste ano da prova rainha iniciou-se na ronda anterior, com um triunfo diante do Lagoa (2-0), e Armando Evangelista olha para este duelo com os açorianos da mesma forma como encarou a deslocação ao Algarve: para ganhar. Com a mesma exigência.
Só assim, defende o técnico, o Famalicão pode dar asas a um sonho que, diz, será transversal a todas as equipas e que tem o Jamor como pano de fundo. Mas para se chegar à fase de todas as decisões e poder, efetivamente, disputar o troféu numa sempre ansiada final, é necessário abordar cada eliminatória com a máxima seriedade.
«Taça de Portugal? Acho que é transversal a todos os clubes que quando olhamos para a Taça de Portugal, a competição rainha, toda a gente sonha com uma final. Isso dá-nos ânimo para o trabalho que desenvolvemos e demonstra também a seriedade com que olhamos para a Taça. É óbvio que queremos chegar o mais longe possível e para isso não existe limites. Temos de focar-nos neste jogo, mas sempre com um sonho de procurar algo mais. Olhamos para todos os jogos da mesma forma. O Famalicão exige ganhá-los todos. A mentalidade de quem faz parte desta família tem de ser sempre a de ganhar todos os jogos, apesar de sabermos que isso nem sempre é possível. A exigência para este jogo é a mesma que tivemos no jogo com o Lagoa [na eliminatória anterior]», assumiu, na conferência de Imprensa realizada ao início da tarde deste sábado.
Apesar de os jogos da Taça de Portugal serem, em determinadas ocasiões, potenciadores de algumas mexidas nas equipas, Evangelista recusa alinhar por esse diapasão: «Não vou colocar um jogador porque é Taça de Portugal ou porque tem olhos azuis. Em função das condicionantes que temos, procuramos sempre apresentar o melhor onze. Tivemos jogadores que só regressaram na quarta-feira, alguns com viagens mais longas, outros com viagens mais curtas, alguns com dois jogos, outros com menos tempo, e em função disso tudo procurámos o onze mais forte. Também é verdade que houve oportunidade para abrimos a janela para termos um conhecimento mais aprofundado dos jogadores que temos dentro de portas, quer juniores, quer sub-23, e foram vários inseridos no nosso trabalho durante estes 15 dias. A porta está sempre aberta, tal como acontece durante a época, sempre que achamos que é importante.»
O emblema de Vila Nova regressa ao contexto competitivo depois de duas semanas de paragem devido aos compromissos das seleções e Armando Evangelista detalhou o que conseguiu fazer nos últimos dias e que nem sempre é possível durante a época.
«Foi mais um momento em que tivemos microciclos abertos e nos quais pudemos olhar para o trabalho de outra forma, nomeadamente questões estratégicas, o que é sempre positivo. Acabou por ser uma paragem muito produtiva, com uma aceitação fantástica dos jogadores ao que fomos acrescentando, e agora é olhar para o jogo, sabendo o que temos pela frente e que será um jogo a eliminar, que tem de ficar resolvido amanhã e nós queremos resolvê-lo para o nosso lado. Trabalhámos muito para estarmos preparados e para darmos a resposta que queremos. Porque também queremos muito oferecer uma vitória em casa aos nossos adeptos e tudo vamos fazer para que seja já amanhã», assumiu.
Sorriso é o único caso clínico do plantel, mas ainda não é líquido que o extremo brasileiro possa regressar aos relvados neste duelo com o Santa Clara. E o técnico, optando pela boa disposição, também não quis abrir o jogo...: «Tem vindo a apresentar melhorias significativas, mas vamos ver. Também não lhe quero dizer tudo, nem a si nem ao meu colega do outro lado [risos].»