Brad Binder cumpriu este ano a sua quinta temporada no Mundial de MotoGP. Acabou o campeonato em quinto, como o melhor não Ducati.
O sul-africano da Red Bull KTM começou o ano de forma promissora, com um pódio no Qatar. Porém, até ao fim nunca mais conseguiu ficar no top três de uma corrida principal ou de uma corrida Sprint.
Segundo melhor campeonato da carreira
Ao longo do ano, Binder foi relativamente consistente – só por duas vezes não chegou ao fim entre os dez primeiros de uma corrida principal. No entanto, depois do começo estonteante, nunca mais conseguiu entrar na luta pelo pódio.
Mesmo nas suas melhores prestações, faltou algo para atacar o top três, e em várias ocasiões nem conseguiu ser o melhor da KTM – perdeu para Pedro Acosta (Red Bull GasGas Tech3/KTM) em oito Grandes Prémios.
As dificuldades com a gestão dos pneus foram uma constante para Binder – ora por falta de aderência, ora por desgaste rápido em especial do pneu frontal. E isso tirou-lhe argumentos para lutar mais perto do topo, assim como à KTM.
A moto também deu alguns problemas ao piloto, forçando-o até a abandonar no GP da Grã-Bretanha (foi a única vez, além da Malásia, que não conseguiu concluir uma corrida).
Ainda assim, Binder tentou aproveitar todas as oportunidades que teve, quando lhe foi possível deu luta às Ducati e até conseguiu estar perto de voltar ao pódio em algumas ocasiões. Contas feitas, foi quinto, naquele que é o seu segundo melhor resultado desde que está no MotoGP.
O ponto forte
Apesar de não ter conseguido lutar por pódios regularmente, não se pode apontar falta de consistência de Binder. O piloto foi presença habitual entre os dez primeiros nas corridas principais, falhando essa zona da classificação em três ocasiões: Silverstone por avaria; Malásia por acidente; e Emília Romanha por danos resultantes de uma colisão quando estava entre os cinco primeiros.
O ponto fraco
O rápido consumo dos pneus foi um problema recorrente para Binder e para a KTM. Um aspeto que pode ter custado pontos e resultados cruciais, que tem de ser melhorado para 2025.
O melhor momento
O pódio no GP do Qatar foi o ponto alto da época de Binder. Ficou em segundo na corrida principal e fez o mesmo resultado na corrida Sprint, o que deixava antever uma época promissora. Porém, como agora se sabe, não foi capaz de dar seguimento.
O pior momento
Binder arrancou para o GP da Malásia, mas esteve envolvido num assustador acidente na primeira curva com outros dois pilotos. Por sorte, escapou a lesões sérias, mas não pôde alinhar quando a corrida foi reatada após bandeira vermelha. Este foi o momento baixo do ano para o #33, que ficou impedido de lutar por um bom resultado.