À medida que o sol se punha em 2023, o circuito IndyCar despediu-se de Callum Ilott. A sua saída da Juncos Hollinger, apresentada como mútua, deixou muitos a questionar se testemunharíamos o seu regresso. A saída de Ilott, percebida como algo amarga, ocorreu durante um período em que a maioria dos lugares já estava preenchida. No entanto, a sorte sorriu ao jovem piloto, que conseguiu garantir um lugar cobiçado na Jota para as corridas de automóveis de turismo de topo em 2024.
Apesar de a Juncos Hollinger ser uma equipa outsider no mundo das corridas, o desempenho de Ilott foi nada menos que impressionante. A rápida expansão da equipa significou que estavam a correr antes de andar, mas os seus esforços foram louváveis. No entanto, destacar-se numa equipa que luta acima do seu peso pode ser desafiador, especialmente quando é difícil explicar porque terminaste em 12.º lugar na classificação.
Avançando para o presente, Ilott mudou-se para a Prema Racing, determinado a resolver os assuntos por resolver. Na sua conversa com The Race, Ilott expressou a sua determinação em adaptar-se e melhorar a partir do passado. A vontade de regressar e ter um desempenho melhor na IndyCar era forte, dado os seus feitos em outros lugares.
O regresso de Ilott à IndyCar revela os seus assuntos inacabados. A sua passagem pela Jota WEC resultou numa vitória em Spa, que gerou um interesse significativo. No entanto, o apelo da IndyCar prevaleceu. O circuito de corridas, segundo Ilott, é inigualável. Ele acredita que a sua experiência em corridas de automóveis de turismo poderia ajudá-lo a regressar a esse género, mas a IndyCar apresenta um desafio diferente.
A jornada de Ilott tem sido marcada por reviravoltas inesperadas e expectativas não cumpridas. Ele tinha esperança de uma oportunidade na Fórmula 1, que não se concretizou, e a sua saída abrupta da IndyCar foi outro golpe. Mas agora, ao juntar-se a uma nova equipa, a Prema, vieram à memória os seus dias iniciais na IndyCar com a Juncos em 2021. A equipa teve de começar do zero, semelhante à Juncos, mas desta vez, não há o luxo de comprar informações e equipamento de outra equipa.
A jornada da Prema até São Petersburgo este fim de semana é marcada pela incerteza, dado que apenas tiveram três dias de testes. No entanto, a equipa mostrou potencial, com Ilott a registar o oitavo tempo mais rápido no teste de Sebring na semana passada. O maior desafio da equipa reside na integração de novos elementos com equipamentos desconhecidos, um processo que levará tempo a aperfeiçoar.
Ilott reconheceu os desafios de começar de novo. Selecionar uma base e trabalhar a partir daí é um passo crucial, mas também é essencial ser seletivo sobre o que precisa de foco. Comparou este processo a ajustar-se a um novo assento, volante ou qualquer outro componente do carro.
A juntar-se a Ilott nesta nova aventura está Robert Shwartzman, outro novato que tem um histórico com Ilott desde os seus dias no programa júnior da Ferrari. Shwartzman, campeão da FIA Fórmula 3 em 2019, também deixou o seu lugar no WEC, desta vez com a Ferrari, para se juntar novamente à Prema.
Os dois pilotos terão de confiar um no outro para dados e direção de desenvolvimento. As suas sortes individuais estão entrelaçadas, e ambos estão prontos para iniciar este novo projeto. Shwartzman acredita que, apesar dos desafios, a equipa acabará por ter sucesso, e é aí que reside a alegria.
O caminho à frente para a Prema é incerto. Podem estar a lutar pelo top 8 ou a ficar a dois segundos de distância. A determinação de Ilott em resolver os seus problemas passados e a crença de Shwartzman na sua empreitada conjunta proporcionam um sentido de calma em meio à tempestade.
À medida que São Petersburgo se aproxima, até um resultado entre os 15 primeiros seria uma vitória. O grid está repleto de grandes equipas como Andretti, Ganassi, McLaren e Penske. Esperar que a Prema supere imediatamente estas equipas experientes pode ser visto como presunçoso. No entanto, dentro da equipa, há uma crença calma de que alcançarão o nível desejado, não importa quanto tempo leve. No final, o único juiz do sucesso desta equipa será o tempo.