O V. Guimarães recebeu e bateu a U. Leiria por 2-0, ultrapassando a eliminatória da Taça de Portugal, porém, com alguma polémica à mistura. Rui Borges analisou, na sala de imprensa, o lance polémico que reverteu o penálti assinalado inicialmente a favor da equipa do Lis. 

"Ainda bem que prevaleceu a verdade desportiva. Era ridículo. Está a ser muito fácil apontar penálti contra o Vitória. Até me sentei no no banco, nem queria acreditar. Era o cúmulo, ainda bem que o árbitro percebeu e a verdade desportiva prevaleceu. É surreal como os árbitros apontam para a marca de grande penalidade contra o Vitória", afirmou o treinador do Vitória, reiterando que "prevaleceu a verdade desportiva". 

Análise ao jogo
"Controlamos a parte ofensiva da U. Leiria, que não criou perigo algum, só o fez depois de estarmos a ganhar 2-0. Entramos a tentar ser pressionantes, não sabíamos como se iam apresentar, mas fomos conseguindo anular. Não fomos tão claros no processo ofensivo, tentamos mas falamos alguns passes porque fomos precipitados e faltou discernimento. Chegamos ao golo num lance de bola parada com mérito dos jogadores. Entramos bem na segunda parte, a mandar no jogo, crescemos, criamos situações de finalização mas está a faltar ganhar confiança no último terço. A equipa precisava de ganhar por mais do que um golo."

Viagem ao Cazaquistão vai colocar dificuldades à sua equipa?
"É uma diferença muito grande, são mais cinco hora no fuso horário, vamos tentar ao máximo com todos os departamentos, que são muito competentes, alinhar-nos da melhor forma. Temos de nos adaptar, é sinal que estamos lá. A viagem, a adaptação ao sono vai obrigar-nos a arranjar a melhor forma para minimizar o impacto de mudança. Mesmo assim, vamos sentir o impacto. Temos de esperar que os jogadores reajam da melhor forma tanto no jogo de quinta, como a seguir com o Gil Vicente. É um crescimento para todos nós, para os jogadores, para o clube, para os treinadores. Estamos onde queremos, por isso temos de ter capacidade para nos adaptar. Queremos fazer o melhor possível em Astana e o melhor possível é ganhar."

Análise na 'flash-interview'

Análise
"Acima de tudo, tenho de agradecer aos adeptos, muitos ou poucos são sempre diferentes dos outros. Foi um jogo muito competitivo, são jogos diferentes. A outra equipa mudou de treinador e de chip, estavam motivados. Já estive do outro lado, sei o que é defrontar equipas de escalões superiores, grandes equipas. A dificuldade era existente. Não deixámos a U. Leiria criar muitas hipóteses no início, entrámos bem, fomos perdendo alguma confiança. Não estávamos a conseguir chegar à área e concretizar da melhor forma o último passe ou remate, deixou-nos intranquilos. Podíamos ter feito o 2-0, mas perdemos confiança. Agora o Leiria teve algumas hipóteses no final, já a perder por dois. Mesmo assim, nunca nos criou grande perigo, fomos controlando o jogo e fomos criando oportunidades no processo ofensivo. Contente pelo que os jogadores deram ao nosso jogo."

Era preciso mais acutilância ofensiva?
"SIm, perceber melhor os timings de pressão, não sabíamos como a U. Leiria se ia propor pela mudança de treinador. No início da 2ª parte tirámos algum sentido do que queríamos. Tivemos oportunidades para fazer o 2-0 e deixou-nos com alguma intranquilidade na 2ª parte. Isso passou-se em alguns jogos, é natural. Hoje, acima de tudo, tiveram uma entrega fantástica e foram competentes."

Mudança no comando técnico. Foram surpreendidos por Silas?
"Claramente, ao intervalo tivemos que alterar algumas coisas, vieram com um 4-4-2 losango, que já não é habitual apanhar muitas equipas assim, obrigou-nos a corrigir alguns pormenores nas etapas de construção. Na 2ª parte melhorámos entre setores, fomos criando mais perigo mas não conseguimos concretizar. É natural, normal sentir falta de confiança. Mas os nossos jogadores mereciam ganhar. Estou feliz pelo que deram."