
Os Delfins subiram ao palco do EA Live, em Évora, este sábado, num espetáculo que juntou as canções nostálgicas da banda a um «publico fixe».
Miguel Ângelo e Fernando Cunha, integrantes da banda, aos jornalistas após o concerto, destacaram que já tinham estado no festival há dois anos, mas que «hoje foi uma noite especial».
«Já estivemos uma série de vezes em Évora e foram alguns espetáculos valentes. Lembro-me de dizer aos Delfins que era um público fantástico e que era uma noite incrível», acrescentou Miguel Ângelo, vocalista.
O artista vincou também o sucesso do formato do EA Live: «Esta história das pessoas estarem num ambiente amigável, de pagarem bilhete porque querem mesmo ver a banda e depois terem o vinho, dá uma bela noite».
Já Fernando Cunha, guitarrista e também vocalista, comentou o regresso da banda aos palcos, depois de alguns anos parados.
«Em 2009 resolvemos parar porque foram em 25 anos uma grande intensidade. Passámos anos com praticamente 120 concertos, quando quase não íamos a casa», sublinhou o artista, dizendo ainda que «foi fantástico, mas também desgastante».
Com o regresso marcado em 2019, após uma proposta «irrecusável» de atuação em Cascais. Daí em diante, «tem sido um passo de cada vez, devagarinho».
«Já estendemos a turnê da celebração dos 40 anos para os 41 anos e em dezembro vamos iniciar uma turnê muito especial em salas, mais intimista, que é o outro lado dos Delfins», adicionou Fernando Cunha.
Em relação ao EA Live, Miguel Ângelo atirou que «é bom estarmos nestes festivais, que são festivais que têm muita gente» e que interessa à banda «os palcos, o som, as luzes e as condições em que as pessoas estão a assistir ao espetáculo».
«É bom estarmos ativos e não ser só aquela banda nostálgica», disse ainda.
O artista revelou também que «aqui não há nada para inventar», relativamente ao concerto, uma vez que «estamos a tocar as canções mais conhecidas da banda que as pessoas mais gostam de ouvir».
Ainda assim, não sabe dizer «o porquê de isso acontecer passado tanto tempo», mesmo que as rádios tenham continuado a tocar as músicas depois de 2009.
«Começámos a ver que os Delfins tocavam cento e tal vezes por mês nas rádios. Começámos a ver que as canções estão vivas», referiu, comentando ainda que «é giro um miúdo de 20 anos conhecer ‘Um Lugar ao Sol’ ou o ‘Nasce Selvagem’, quando essas canções têm mais de 20 anos».
«As canções são as grandes responsáveis por estarmos aqui», realçou.
Já o segredo para isso acontecer, Miguel Ângelo confessou que é «fazer o que gostamos», referindo que diz «sempre aos miúdos que têm de fazer o que gostam»
«Não tentem fazer algo só para passar na rádio. Se as pessoas não gostarem logo à primeira, é insistir. Pode ser que gostem á segunda ou à terceira», acrescentou.
De seguida, fique com imagens do espetáculo deste sábado.