O deputado do Chega na Assembleia da República, Francisco Gomes, defende que existe uma relação "clara e directa" entre a política de portas abertas na imigração que tem vindo a ser seguida pelo governo da República e o aumento da criminalidade e da insegurança no país.

“A política de portas abertas está a trazer para o nosso país gente que não presta e que só vem para viver de subsídios e maldizer a cultura que os acolheu. Pior ainda, estamos a importar gente que não respeita as leis, não respeita a paz das nossas comunidades e que anda a perseguir mulheres portugueses, a praticar crimes e a espalhar a desordem por onde passa. Andamos a importar o que não interessa a ninguém”, disse o deputado à margem de uma acção de campanha no Funchal.

O parlamentar afirmou que, no seu entender, essa relação não se trata de "uma simples percepção social ou de uma ideia fabricada, mas de uma situação real, a qual apenas não é ainda mais evidente porque, segundo diz, as forças de segurança e os órgãos de comunicação social receberam indicações da presidência do Conselho de Ministros para não revelar a nacionalidade e etnia dos autores de ilícitos criminais", lê-se em nota enviada à redacção.

Francisco Gomes argumenta que a imigração que Portugal está a receber nada tem que ver com a emigração que o país deu ao mundo e que resultou nas comunidades que estão radicadas em quase todos os continentes. O deputado diz que existem diferenças que vê como fundamentais na atitude com que os portugueses chegaram e ainda chegam aos países que os acolheram, quando comparados com os imigrantes que Portugal tem vindo a receber nos últimos anos.

“Quando os nossos foram para a Venezuela, Reino Unido, África do Sul e tantos outros destinos, não foram de mão estendida, pedir subsídios, viver à custa dos que lá estavam e desrespeitar as regras. Foram para ajudar, para criar riqueza e nunca receberam de Portugal o que Portugal hoje dá a quem para aqui vem. Não vale a pena comparar porque isso é ofender os nossos emigrantes e desrespeitar a História", disse ainda.

A concluir, aponta para o momento que se vive em França, Alemanha e Reino Unido, onde, segundo diz, a cultura ocidental está "sob ataque cerrado das comunidades islâmicas" e a ser colocada em causa por imigrantes que classifica de “fundamentalistas retrógrados e defensores de aberrações como a Lei Sharia”.

“São cada vez mais os radicais islâmicos que estão a vir para Portugal e que não vêm para se integrar, mas para criar guetos, dominar e se impor. Não querem as nossas leis, nem os nossos costumes – e a vergonha que se está a passar em França, Alemanha e Reino Unido é um alerta sério. É lamentável que Portugal esteja a ir pelo mesmo caminho", termina.