
O influenciador Andrew Tate e seu irmão Tristan voltaram à Roménia, onde continuam sob investigação, para irem a tribunal. Andrew Tate disse aos repórteres que voltaram ao país porque “homens inocentes não fogem de nada”, escreveu num post nas redes sociais.
Os Tate, que têm dupla nacionalidade americana e britânica, foram presos na Roménia no final de 2022, tendo sido acusados de recrutar mulheres e transportá-las para a Roménia, onde mais tarde foram exploradas sexualmente e submetidas a violência física. Andrew Tate também é acusado de violação, mas ambos os irmãos negaram qualquer crime.
“Estamos aqui para limpar nossos nomes e nos exonerar”, disse Andrew Tate, pouco depois de chegar a Bucareste, citado pelo britânico “Guardian”.
No mês passado, as autoridades do país disseram que os irmãos eram obrigados a voltar para uma audiência no tribunal a 24 de março ou potencialmente enfrentariam uma medida de coação mais grave.
“Depois de tudo o que passamos, realmente merecemos o dia no tribunal em que seja declarado que não fizemos nada de errado e, na verdade, nunca deveríamos sequer ter estado no tribunal. Nunca deveríamos ter ido para a cadeia. Nunca deveríamos ter tido os nossos bens apreendidos”, disse Andrew Tate, acusando as pessoas que acreditaram na sua acusação de terem um “QI particularmente baixo”.
O regresso à Roménia ocorre cerca de um mês depois de terem sido autorizados a sair do país. Logo de seguida, os irmãos revelaram ter viajado para a Flórida num avião particular.
Segundo o jornal britânico, a chegada dos irmãos aos Estados Unidos gerou especulações sobre se o governo de Donald Trump teria pressionado as autoridades romenas para suspender as restrições de viagem, uma vez que os irmãos são apoiantes públicos do atual Presidente norte-americano.
Apesar de, publicamente, Trump ter negado, o “Financial Times” noticiou em fevereiro que Washington tinha pressionado Bucareste a dar os passaportes aos irmãos e a permitir que eles viajassem. No sábado, Andrew Tate rejeitou também que os EUA tivessem feito essa pressão.
Não é ainda claro por quanto tempo os irmãos irão permanecer na Roménia. Além do processo pelo qual vão a tribunal, em agosto de 2024 foi aberta uma outra investigação por os irmãos terem alegadamente convencido 34 mulheres de que estavam num relacionamento romântico, forçando-as a fazer pornografia que foi depois vendida online por quase 3 milhões de dólares.
Na altura, as autoridades referiram estar a investigar alegações de tráfico de pessoas, tráfico de menores, relações sexuais com menores, declarações de influência e lavagem de dinheiro. Os irmãos também negaram estas acusações.