O Presidente angolano autorizou esta quarta-feira a celebração de acordos de financiamento no valor de 1,5 mil milhões de dólares (1,4 mil milhões de euros).
Este financiamento, cuja maioria do capital passa por um grande banco norte-americano e outro britânico, acontece uma semana depois da visita do Presidente norte-americano Joe Biden, que tinha com objetivo possibilitar a Angola uma diversificação das fontes de financiamento para não estar demasiado dependente da China. O Banco BIC Português também está envolvido.
O empréstimo de valor mais elevado, 600 milhões de dólares (572 milhões de euros), é celebrado com a instituição financeira J. P. Morgan Securities plc, sob a forma de SWAP de retorno total (instrumento financeiro) colateralizado por uma emissão de obrigações do tesouro, para atender às necessidades de tesouraria, segundo o despacho presidencial consultado pela Lusa.
Um outro acordo de financiamento, com o Standard Chartered Bank - SCB, ascende a 500 milhões de dólares (476 milhões de euros) "com vista a reforçar as reservas de tesouraria, garantir a cobertura de projetos de investimento público e a importação de alimentos e suprimentos médicos".
Num outro despacho, João Lourenço autoriza um empréstimo no valor global de 400 milhões de dólares (381 milhões de euros) para a cobertura do Projeto de Reforço do Sistema de Proteção Social para o Capital Humano e a Resiliência, no âmbito do programa do Executivo sobre Desenvolvimento Humano e Bem-Estar Social.
O Presidente angolano autorizou também um acordo de financiamento com o Banco BIC Português, S.A. (EuroBic/ABANCA), no valor global de cerca de 60 milhões de euros, com a garantia do Banco Português do Fomento, para a construção da Estrada Nacional EN 120, Troço Cuima (desvio do Gove)/Chipindo, numa extensão de 56 quilómetros incluindo pontes, nas províncias do Huambo e da Huíla.