As autoridades espanholas estão a investigar as mortes de cinco pessoas, que poderão ter relação direta com o apagão que afetou ontem Espanha e Portugal.

Segundo o jornal El País, três mortes ocorreram na localidade de Taboadela, na região de Ourense: um casal, de 81 e 77 anos, e o filho, de 56 e portador de deficiência, terão morrido por inalação de dióxido de carbono libertado por um gerador.

Na capital Madrid, uma mulher morreu num incêndio que terá sido causado por uma vela.

No município de Alzira, na região de Valência, outra mulher, de 46 anos, perdeu a vida depois de o aparelho de oxigénio ter ficado sem energia.

Espanha a caminho de recuperar “plena normalidade”

O primeiro-ministro de Espanha, Pedro Sánchez, disse hoje que o país "caminha com passos firmes para a recuperação da plena normalidade" depois do apagão de segunda-feira que atingiu toda a Península Ibérica.

"Espanha, felizmente, e com todas as cautelas, está a superar o pior da crise", disse Sánchez, numa conferência de imprensa em Madrid, no palácio da Moncloa, a sede do Governo espanhol.

O abastecimento de eletricidade foi totalmente reposto hoje de manhã em todo o território de Espanha continental e o sistema superou o primeiro pico de consumo do dia às 08:35 locais (07:35, hora de Lisboa), encontrando-se normalizado, segundo as autoridades espanholas.

Tingshu Wang

Sánchez considerou que "o sistema reagiu com agilidade" e "mostrou grande capacidade de recuperação" nas últimas 24 horas, perante um apagão inédito.

Hospitais, centros de saúde, escolas, bancos, comércios e outras empresas estão a funcionar sem perturbações na generalidade de Espanha, disse Sánchez, que se congratulou pela tranquilidade nas bolsas e mercados financeiros.

Com Lusa