
Os ataques israelitas a Gaza nas últimas 48 horas fizeram mais de 90 mortos, adiantou o Ministério da Saúde do enclave palestiniano, com Israel a intensificar a investida para pressionar o Hamas a libertar os reféns e desarmar.
Entre as vítimas mortais estão quinze pessoas mortas nos ataques da última noite, incluindo mulheres e crianças, algumas das quais estavam abrigadas numa zona de assistência humanitária, de acordo com fontes hospitalares, adiantou a Associated Press (AP).
Pelo menos 11 pessoas foram mortas na cidade de Khan Younis, algumas das quais abrigadas numa tenda na zona de Mwasi, onde centenas de milhares de deslocados se encontram a viver, adiantou um funcionário hospitalar.
Essa zona foi designada como zona humanitária por Israel.
Também em Rafah foram mortas quatro pessoas, em ataques distintos, incluindo uma mãe e a sua filha, segundo o Hospital Europeu, para onde foram levados os corpos.
Quase todos os 2,4 milhões de habitantes de Gaza foram deslocados pelo menos uma vez desde o início da guerra.
A guerra em Gaza foi desencadeada por um ataque sem precedentes do Hamas no sul de Israel, que resultou na morte de 1.218 pessoas do lado israelita, a maioria civis, de acordo com uma contagem da AFP baseada em dados oficiais.
Das 251 pessoas raptadas, 58 continuam detidas em Gaza, incluindo 34 mortos, segundo o exército israelita.
Durante a trégua observada de 19 de janeiro a 17 de março, 33 reféns, incluindo oito mortos, foram entregues a Israel, em troca da libertação de aproximadamente 1.800 palestinianos das prisões israelitas.
De acordo com o Ministério da Saúde do Hamas, pelo menos 1.691 palestinianos foram mortos desde 18 de março, elevando para 51.065 o número de mortos em Gaza desde o início da ofensiva de retaliação israelita, há 18 meses.