O autarca socialista Miguel Coelho, presidente da junta Santa Maria Maior em Lisboa, diz ter sido agredido esta manhã por um homem que gritou "vota Chega" à porta de uma mesa de voto em Alfama.

"Acabei de ser agredido por um indivíduo que me chamou 'amigo dos monhés' e atirou-me ao chão com uma 'pazada' na cara. Gritou 'vota chega'", escreveu o autarca no Facebook.

Em declarações à SIC, Miguel Coelho revelou que vai fazer uma participação à PSP.

À Lusa, o autarca eleito pelo PS acrescentou que o incidente ocorreu quando visitava as mesas de voto para saber se o ato eleitoral está a correr bem.

"Numa delas, em Alfama, estavam pessoas para votar na fila, entrei para cumprimentar e um indivíduo começou a chamar-me nomes", relatou. “A seguir deu-me um empurrão na cara, de mão aberta, e atirou-me ao chão”.

Miguel Coelho diz não ter ficado com marcas físicas mas garante ter várias testemunhas e diz que o homem que o agrediu e insultou é seu conhecido.

Pedro Nuno Santos e André Ventura condenam violência

Depois de votar esta manhã, em Lisboa, o secretário-geral do Partido Socialista, Pedro Nuno Santos condenou “um episódio de violência” contra o autarca socialista Miguel Coelho.

"Temos de responder com firmeza contra qualquer tipo de violência e de agressão, defender a democracia, participação cívica. A maioria dos portugueses não se revê em atos de violência, antes pelo contrário, respeitam as escolhas dos outros mesmo que sejam diferentes das nossas."

Também o líder do Chega, André Ventura, apelou ao cumprimento das regras.

“Sei que há muita gente revoltada, que quer mudança, hoje é o dia de mostrar isso (...) “Se queremos um país que cumpra regras, temos de ser os primeiros a cumpri-las.”

Esta foi a primeira notícia de incidentes no decurso da eleição que decorre este domingo.

É possível votar até às 19h00

As mesas de voto estarão abertas até às 19h00 em Portugal Continental e na Madeira, enquanto nos Açores abrem e fecham uma hora mais tarde em relação à hora de Lisboa, devido à diferença horária.

No total, serão eleitos 230 deputados, em 22 círculos eleitorais - 18 dos quais em Portugal continental e os restantes nos Açores, na Madeira, na Europa e Fora da Europa.

Nas legislativas anteriores, a 10 de março de 2024, a taxa de abstenção situou-se nos 40,16%.