
"A epidemia já está controlada e finalizada. Estamos a preparar uma proposta para enviar ao ministro da Saúde para oficializar o fim" da epidemia, afirmou Maria da Luz Lima, em declarações à imprensa, na cidade da Praia.
A presidente do INSP explicou que, desde 28 de janeiro, não foram registados novos casos da doença na capital cabo-verdiana, principal foco da infeção, havendo apenas casos pontuais nas ilhas de São Vicente e Fogo, um valor reduzido que permite considerar a epidemia extinta no arquipélago.
Os dados confirmam a tendência de redução de casos verificada desde outubro.
"O trabalho conjunto, a formação e o apoio dos nossos parceiros na assistência técnica foram essenciais para esta descida", destacou Maria da Luz Lima.
Apesar do controlo da epidemia, aquela responsável apontou a importância de manter uma vigilância constante, uma vez que o mosquito transmissor da doença continua a reproduzir-se, embora em menor escala.
A epidemia de dengue em Cabo Verde eclodiu em novembro de 2023 e registou um pico na época das chuvas (entre julho e outubro de 2024), concentrada na Praia (capital), ilha de Santiago, e também na ilha do Fogo.
A doença espalhada por mosquitos é agravada pela acumulação de lixo. A epidemia causou 19.000 casos e oito mortes no arquipélago.
Um surto anterior, em 2009, incluiu 21.000 casos e seis óbitos, todos na ilha de Santiago.
A dengue é uma doença curável, mas que requer atenção médica.
Febre, dor de cabeça, dores musculares e nas articulações, a par de inflamações na pele, fazem parte dos sintomas da infeção que, nos casos mais graves, pode evoluir para dengue hemorrágica e, no limite, causar a morte.
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