O candidato de Donald Trump para ser o secretário de Defesa norte-americano, Pete Hegseth, pagou a uma mulher para manter silêncio sobre um caso em que o acusava de agressão sexual, disseram os seus advogados ao Washington Post.

No entanto, os advogados sustentam, numa declaração ao jornal, que não houve agressão sexual e que a relação foi consensual, e explicam o pagamento porque se a mulher tivesse continuado com a denúncia, isso teria custado a Hegseth, então um conhecido comentador na Fox News, o seu trabalho. O caso terá ocorrido em 2017 durante uma convenção conservadora.

Na passada sexta-feira, o departamento de polícia de Monterrey confirmou que Hegseth foi investigado em 2017 por um possível caso de agressão sexual num hotel da cidade californiana onde decorria uma reunião de mulheres republicanas, mas essa informação foi encerrada sem que se conhecessem os motivos.

Quando três anos mais tarde a mulher ameaçou voltar a denunciar o caso, Hegseth chegou a um acordo de confidencialidade para que a queixa fosse retirada em troca de dinheiro, disse ao Washington Post a equipa de advogados, que não revelou nem o nome da mulher, nem a quantia paga.

Mas, outra fonte apoia a versão de agressão sexual: uma mulher que disse ser amiga da vítima enviou esta semana uma carta à equipa de transição do presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, e o jornal teve acesso ao texto, com abundantes detalhes sobre o que terá ocorrido.

A sua amiga tinha então 30 anos, pertencia a um grupo de ativistas conservadores e foi violada por Hegseth no quarto deste, segundo o relato da mulher que disse que a acompanhava na convenção e que a conhecia há 15 anos.

Até agora Trump mantém o seu apoio a Hegseth e mantém a sua inocência, disse esta semana um porta-voz da equipa de transição, Steven Cheung.

"O presidente Trump está a nomear candidatos de alto nível e extremamente competentes. Hegseth negou todas as acusações e não foram apresentadas queixas", afirmou.