
A candidatura da CDU às Eleições Legislativas de 18 de Maio esteve, esta manhã, numa acção de contactos com os produtores e agricultores na Feira do Santo da Serra, onde a cabeça-de-lista, Herlanda Amado, aproveitou para defender mais apoios à produção, nomeadamente aos pequenos agricultores e à agricultura familiar.
"O País e a Região Autónoma da Madeira têm outras potencialidades de diversificação da economia, pois nada nos obriga a ficar reféns da monocultura do turismo. O que é necessário é diversificar a economia e, ao mesmo tempo, a coragem política para enfrentar a direita e a sua política sugadora de recursos", começou por apontar a cabeça-de-lista.
Nesta linha e referindo-se, em particular, à agricultura, a CDU defende "que se garantam políticas de apoio à produção em vez do seu abandono, políticas que garantam um pagamento justo à produção, que defendam os pequenos agricultores da concorrência selvagem e do esmagamento pelas grandes empresas do sector da distribuição".
"O que se exige é a protecção dos pequenos produtores e agricultores, porque o caminho que melhor serve os interesses do povo, é o equilíbrio ecológico e a sustentabilidade ambiental", sustentou Herlanda Amado.
Em pleno Mercado do Santo da Serra, a candidata evidenciou que "a agricultura familiar, a que vem aos mercados vender, a que tem nessa actividade um complemento do seu salário ou da sua reforma, assume uma importância estratégica para a produção nacional e regional, para a qualidade e para a soberania alimentar, para a ocupação harmoniosa do território, para a defesa do meio ambiente, da floresta e do mundo rural, para a coesão económica e social, na Região e no País", sublinhando que "é este tipo de agricultura que alimenta mais de 70% da população com apenas 30% da terra arável".
Por outro lado, argumenta que a agricultura familiar é "a que mais marginalizada tem sido em todos os acordos internacionais e pelas sucessivas PAC, e pelos governos PSD-CDS e PS, sempre de mãos dados com outras forças políticas, que inclusivamente se apresentam como defensoras do ambiente".
"Quando é necessário, acovardam-se perante o poder dos grandes interesses económicos e financeiros, que com políticas desastrosas para a agricultura levam ao agravamento das dificuldades dos pequenos agricultores e das muitas famílias que dependem da agricultura familiar", atira Amado.
"A pequena e média agricultura enfrentou, com o governo PSD/CDS, uma das mais brutais ofensivas à produção, como, por exemplo, a penalização fiscal dos pequenos agricultores, com a obrigação da sua inscrição nas Finanças, com os impactos negativos que esta medida trouxe, para quem sobrevive da pequena agricultura", acrescentou a candidata da CDU, prometendo colocar em prática "um verdadeiro programa de valorização da pequena e média agricultura, diversificada e capaz de responder às necessidades da Região e do País".