O Chega acusa a Câmara Municipal de Lisboa e Luís Montenegro de conluio e vai pedir esclarecimentos a Carlos Moedas sobre a vistoria realizada ao apartamento do primeiro-ministro.

Uma equipa de técnicos da autarquia de Lisboa fez, esta segunda-feira, uma vistoria às obras dos imóveis da família de Luís Montenegro na capital. Pelas imagens divulgadas pelo Correio da Manhã, no local terá estado um elemento de perfil político: o chefe de gabinete da vereadora do Urbanismo.

Esta terça-feira, em declarações aos jornalistas, o líder do Chega afirmou que a situação atinge “o limite máximo da irresponsabilidade, do conluio e da suspeita”.

S oubemos que o chefe de gabinete do urbanismo esteve nesta vistoria feita ao duplex do p rimeiro- m inistro. Que eu saiba, o chefe político do urbanismo não vai fazer vistorias com a Polícia Municipal ”, afirmou André Ventura .

O presidente do Chega anuncia que vai pedir esclarecimentos do presidente da Câmara de Lisboa na Assembleia da República.

" E stamos em fim de ciclo no Parlamento, todos sabem isto, mas nós vamos exigir ao p residente Carlos Moedas, (...) durante o dia de hoje, que responda ao Parlamento porqu e é que isto aconteceu, se está ou não a tentar proteger o p rimeiro- m inistro, ou se está ou não a tentar boicotar a atuação das autoridade s”, assegurou.

25 de Abril? Sim, mas sem “campanha política”

O presidente do Chega falou ainda sobre as celebrações do 25 de Abril na Assembleia da República, numa altura em que o Parlamento já terá sido dissolvido. André Ventura defende que a cerimónia deve realizar-se, mas que não pode ser utilizada para campanha política.

Pode existir a cerimónia, podemos assinalar a cerimónia sem discursos de partidos ou de campanha política. Se essa for uma solução estaremos para ela”, declarou Ventura.

Se houver intervenções e discursos políticos também estaremos para ela. Nós não devemos deixar de ter país por causa de umas eleições. Porém, devemos , sim , evitar que se usem estas datas para fazer campanha política. Acho que as datas que são de todos não devem ser usadas como manipulação” , afirmou.

O Parlamento vai decidir, esta quarta-feira, em conferência de líderes, se a Assembleia da República realiza ou não este ano a tradicional sessão solene comemorativa do 25 de Abril, no contexto da atual crise política.