A líder do partido de esquerda França Insubmissa, Mathilde Panot, pediu a demissão do Presidente Emmanuel Macron, imediatamente após a aprovação da moção de censura ao Governo do primeiro-ministro Michel Barnier.

O partido França Insubmissa, que lidera a coligação de esquerda Nova Frente Popular (NFP), apelou a que "Emmanuel Macron se vá embora" e pediu "eleições presidenciais antecipadas".

O mandato de Emmanuel Macron vai até 2027 e não está constitucionalmente ligado à censura do governo do primeiro-ministro Michel Barnier.

O Governo francês censurado por uma moção, esta quarta-feira, a primeira vez que tal acontece em França desde 1962, o que agravará a incerteza política e económica num país-chave da União Europeia (UE).

Ao longo da V República em França, apenas uma moção de censura foi bem sucedida, em 1962. No entanto, este instrumento parlamentar tem servido nos últimos anos como ferramenta de pressão contra o governo e contra o Presidente Emmanuel Macron, com dezenas de iniciativas falhadas durante as governações de Elisabeth Borne e Gabriel Attal.

A votação da moção de censura, que decorreu por volta das 19:00 (menos uma hora em Lisboa), resultou na queda do executivo francês, liderado por Michel Barnier, com os blocos da esquerda radical e da extrema-direita União Nacional (RN, sigla em francês), a terem muito mais do que a maioria necessária de votos.