
Estes são alguns dos dados divulgados hoje no portal Infoescolas, que apresenta um conjunto de informações sobre a percentagem de alunos que consegue concluir o 3.º ciclo nos três anos esperados, revelando diferenças entre as várias nacionalidades.
Numa comparação entre nove nacionalidades estrangeiras, os alunos de países lusófonos aparecem como sendo os que têm mais dificuldades, com apenas 70% das crianças brasileiras e angolanas a conseguirem terminar o 9.º ano sem chumbar.
Mas os casos mais graves encontram-se entre as crianças da Guiné-Bissau, com uma taxa de sucesso de apenas 61%, ou os cabo verdianos (58%) e os são-tomenses (57%), segundo os dados relativos ao ano letivo de 2022/2023.
Já os chineses aproximam-se das percentagens nacionais, destacando-se pela positiva: No geral, 89% dos alunos das escolas em Portugal terminaram o 9.º ano sem chumbar, apenas três pontos percentuais acima da média dos alunos chineses (86%).
Os chineses são os únicos com resultados académicos acima do esperado, segundo os dados da Direção-Geral de Estatísticas da Educação e Ciência (DGEEC), que conseguiram comparar os resultados destas crianças com todas aquelas com um perfil semelhante a nível nacional, ou seja, com outras crianças que apresentem, por exemplo, a mesma percentagem de alunos carenciados ou pais com o mesmo nível de escolaridade.
A nível nacional, a percentagem de sucesso entre alunos como os chineses foi de 80%, mas entre os resultados dos 192 chineses o sucesso chegou a 86%.
Também os alunos ucranianos aparecem nos dados hoje divulgados como ficando muito próximo do esperado, com 81% das crianças a concluir o 9.º ano sem chumbar, seguindo-se os franceses (80%) e os romenos (71%).
No ensino secundário, as taxas de chumbos também são bastante mais elevadas que as médias nacionais, com metade dos brasileiros (50%) e angolanos (54%) a ter pelo menos uma retenção, o que é praticamente o dobro do valor registado entre os chineses (26%).
SIM // CMP
Lusa/FIM