Em junho de 2023, numa reunião do Grupo de Trabalho da Assembleia das Crianças de Lisboa, Nuno Pardal disse que “a proteção das crianças contra a exploração sexual e os abusos sexuais é, de facto, para o Chega um ponto fundamental no âmbito da justiça" e que, por isso, “não admitem a desculpabilização desse tipo de condutas configuráveis com crimes”. Mais de ano depois, é acusado de prostituição a menores.
O deputado do Chega foi escolhido pelo partido para fazer parte do grupo de Trabalho da Assembleia das Crianças de Lisboa, mandato que já renunciou. Na altura, dizia que o partido lamentava que “se prefira arranjar argumentos para defender os agressores ao invés de trabalharmos na alteração à legislação de forma a aumentar a defesa das potenciais vítimas”.
Sabe-se agora que, um mês depois destas declarações, Nuno Pardal combinou encontros com um menor de 15 anos e pagou-lhe em troca de atos sexuais. Ao jornal Expresso garantiu que pensava que o jovem tinha 18 anos, mas o Ministério Público não tem dúvidas: sabia que se tratava de um menor.
Conheceram-se no Grindr
Os crimes remontam a 2023. Nuno Pardal Ribeiro terá conhecido o rapaz de 15 anos através da aplicação Grindr, utilizada pela comunidade homossexual para encontros. Segundo o Expresso, o primeiro encontro é combinado para 11 de julho, junto a uma estação de comboios. Os dois seguiram no carro do dirigente do Chega até um pinhal.
Durante o percurso, o rapaz terá informado que era menor e que tinha 15 anos. Ao Expresso, Nuno Pardal Ribeiro garante que pensava que o jovem tinha 18 anos, mas o Ministério Público não tem dúvidas: o arguido sabia que se tratava de um menor. Neste encontro, o dirigente do Chega terá pago 20 euros pelo ato sexual.
Acusado de dois crimes de prostituição de menores
Nuno Pardal está acusado de dois crimes de prostituição de menores agravada: um consumado, outro na forma tentada. Segundo a acusação do Ministério Público, combinou encontros com um menor de 15 anos e pagou-lhe em troca de atos sexuais.
O caso foi denunciado pelos pais do jovem à PJ, depois de terem visto mensagens no WhatsApp