Francisco Albuquerque e Daniel Estima, dois jovens portugueses, decidiram atravessar os Estados Unidos da América. Como? À boleia.
Este tipo de aventuras não é novidade para os dois amigos. Têm um projeto com cerca de quatro anos, os Andamente, e costumam embarcar em desafios. Só os dois, ou com mais amigos, já foram de boleia até ao Qatar, atravessaram África com um carro de 500€ e, por cá, descobriram o restaurante mais isolado, o casal mais isolado e até os dois últimos habitantes de duas aldeias.
Neste final de ano, decidiram andar à boleia noutro continente. Compraram dois bilhetes de avião (um de Portugal para Nova Iorque e outro, no dia 17 de dezembro, de Los Angeles para Portugal) e meteram as mochilas às costas. Entre os dois pontos, há mais de cinco mil quilómetros de distância e mais de 40 dias de viagem... e muitas boleias para apanhar.
Numa das paragens, Francisco e Daniel falaram com a SIC. Admitem que a viagem não teve grande preparação, até porque as boleias são incertas.
Francisco Albuquerque “Como estamos à boleia, o planeamento é dia-a-dia.”
Nem tudo é fácil. Apontam o tempo de espera, pelas boleias, como a maior dificuldade.
Daniel Estima “Os Americanos são muito mais desconfiados no geral. Mas por outro lado, quando apanhamos uma boleia, costuma ser muito grande, muitos quilómetros de uma vez.”
Para dormir, optam por casas de desconhecidos que, depois de uma noite, passam a amigos de aventura. Outras vezes, a sorte bate à porta. Houve quem lhes pagasse o hotel. Sim... e aconteceu mais do que uma vez.
O Francisco e o Daniel, ou melhor dizendo, o aventureiro Francisco e o aventureiro Daniel, regressam a Portugal dias antes de passar o Natal com a família. Nas mochilas trazem amigos, cansaço e muitas histórias para contar.
Enquanto não chega o dia 17, e enquanto houver estrada para andar... há boleias para apanhar.