
Sánchez fez este anúncio na conferência de imprensa que se seguiu à reunião extraordinária do Conselho Europeu convocada para debater a segurança europeia, a situação da guerra na Ucrânia e as expectativas existentes para tentar alcançar a paz.
O chefe do executivo espanhol recordou as novas ferramentas e instrumentos da Comissão Europeia para facilitar as despesas com a Defesa, incluindo a flexibilização das regras fiscais "para que todos os europeus façam um esforço para atingir esses 2%".
Por isso, considerou claro que todos os países devem fazer um esforço antecipado em relação ao que tinham estabelecido anteriormente, o ano de 2029, e que a Espanha o vai fazer.
"A resposta é sim", sublinhou em resposta à questão de saber se a Espanha vai antecipar a data prevista para atingir os 2% do PIB destinados à Defesa, embora não tenha especificado qualquer novo prazo para o conseguir.
Explicou que é isso que vai apresentar ao líder do Partido Popular (PP), Alberto Núñez Feijóo, e aos outros representantes dos grupos parlamentares espanhóis nas reuniões que anunciou horas antes e que vai realizar na próxima quinta-feira com todos eles para abordar a situação na Ucrânia e a segurança.
Em relação a estas reuniões, apelou à vontade política e à generosidade de todos e espera uma resposta positiva, embora esteja consciente de que não será a cem por cento e terá nuances.
Sánchez sublinhou que, desde que lidera o governo espanhol, tem havido um aumento das despesas com a Defesa de uma média de 10% ao ano, depois de em 2018 ter constatado que as despesas eram inferiores a 1%.
"Temos sido um governo comprometido desde o início com o reforço da segurança na Defesa do nosso país", acrescentou, antes de sublinhar que, em termos absolutos, dos 32 países da NATO, a Espanha é o décimo maior contribuinte.
Explicou também que, na cimeira da NATO no País de Gales, em 2014, além de atingir 2% do PIB, foram acordados dois outros critérios, o primeiro dos quais é o investimento em novas capacidades para o exército, que deve ser de 20% da despesa total.
O primeiro é o investimento em novas capacidades para o exército, que deve ser de 20% do total das despesas, e explicou que a Espanha está acima deste valor, nomeadamente 30%.
O segundo critério é a participação nas missões da NATO, e a Espanha está em todas, exceto no Kosovo.
No que se refere aos instrumentos propostos pela Comissão para facilitar as despesas com a Defesa, o Comissário assinalou que considera que a cláusula de salvaguarda das regras fiscais será utilizada por todos os países e que a Espanha está interessada nela.
No entanto, salientou que ainda faltam alguns elementos para que a proposta da Comissão Europeia possa ser conhecida em pormenor, embora tenha sublinhado a importância de o Banco Europeu de Investimento envolver o setor privado.
Ainda em 27 de janeiro o governo espanhol tinha reafirmado o seu compromisso de aumentar a despesa com a Defesa para 2% do PIB até 2029, esta antecipação firma a tentativa do país que menor percentagem do PIB destina ao gasto em Defesa, 1,28% em 2024, em acompanhar os esforços de rearmamento dos estados-membros da Aliança Atlântica.
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