
A votação, resolvida com 39 votos a favor e 51 contra a criação de tal comissão, pôs fim a um projeto de lei que teria permitido a abertura dos inquéritos necessários para analisar "sem autorização prévia do Governo" as ações no âmbito de qualquer caso "de importância pública excecional", que incluía os ataques do Movimento de Resistência Islâmica (Hamas) e de outras fações palestinianas em solo israelita.
Segundo reporta hoje o diário The Times of Israel, o ministro da Justiça israelita, Yariv Levin, declarou que "não confiará numa comissão cujos membros são escolhidos pelo presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Isaac Amit", uma figura contra a qual já se manifestou várias vezes.
A comissão em questão, cujos membros deveriam ser escolhidos por Amit, teria poderes para investigar o que aconteceu nesse dia, mediante intimação e de forma totalmente independente do Governo.
O primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, rejeitou repetidamente o inquérito.
A oposição acusou os deputados do partido do governo de "nem sequer procurarem a possibilidade de chegar a um consenso" sobre um sistema eleitoral alternativo para a composição da comissão.
Em janeiro passado, os deputados da coligação rejeitaram uma lei semelhante, numa votação que terminou com 45 votos a favor e 53 contra.
"Aqueles que não têm nada a esconder não devem temer a criação de uma comissão de inquérito estatal", declarou o partido Unidade Nacional num comunicado.
A guerra eclodiu na Faixa de Gaza após um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano Hamas em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.
Após o ataque do Hamas, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que provocou mais de 49 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.
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