O ministro dos Negócios Estrangeiros da Ucrânia, Andrii Sybiha, apelou hoje aos parceiros do executivo de Kiev para que forneçam ao país equipamento adicional de defesa aérea e aumentem a pressão sobre Moscovo.

O apelo do chefe da diplomacia da Ucrânia surge após um ataque de mísseis russos, na manhã de hoje, no centro de Soumy, no nordeste do país, ter provocado a morte a pelo menos 31 pessoas, incluindo duas crianças, e 84 feridos, segundo o último balanço publicado pelos serviços de emergência ucranianos.

"Apelamos aos nossos parceiros para que forneçam à Ucrânia equipamento adicional de defesa aérea e para que aumentem a pressão sobre Moscovo. A força é a única linguagem que eles entendem e a única maneira de pôr fim a este terror horrível", escreve Andrii Sybiha numa mensagem divulgada através da Embaixada da Ucrânia em Lisboa.

O ministro dos Negócios Estrangeiros descreve que "na manhã do Domingo de Ramos, quando os crentes vão à igreja para celebrar a entrada do Senhor em Jerusalém, a Rússia lançou um ataque horrível contra uma zona residencial da cidade de Sumi".

Andrii Sybiha dá conta que "muitos civis foram mortos e feridos", considerando que "tal ataque numa grande festa cristã é um mal absoluto".

"Pelo segundo mês consecutivo, a Rússia recusou-se a aceitar a proposta dos Estados Unidos de um cessar-fogo total, que a Ucrânia aceitou incondicionalmente em 11 de março. Em vez disso, a Rússia está a intensificar o seu terror" precisa o ministro.

O chefe da diplomacia ucraniana acrescenta que a Ucrânia está "já a partilhar os pormenores deste crime de guerra com todos" os parceiros e instituições internacionais, apelando "a todas as capitais e sedes para que respondam com determinação".

Também hoje de manhã, o Presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, pediu uma "resposta forte do mundo" ao ataque a Soumy numa publicação na rede social Telegram.

"Precisamos de uma resposta forte do mundo. América, Europa, todos os que querem que esta guerra e estas mortes terminem. A Rússia quer exatamente este tipo de terror e está a arrastar esta guerra", sublinhou o chefe de Estado ucraniano.