
O movimento radical palestiniano Hamas acusou hoje Israel de utilizar a fome como arma por estar a bloquear a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza desde 02 de março.
As declarações do ministro da Defesa israelita, Israel Katz, que na quarta-feira excluiu a possibilidade de voltar a permitir a entrada de ajuda em Gaza, constituem "uma nova admissão pública de um crime de guerra", declarou o Hamas num comunicado.
"Isto inclui o uso flagrante da fome como arma e a privação das necessidades básicas da vida - alimentos, medicamentos, água e combustível - para civis inocentes pela sétima semana consecutiva", acrescentou no comunicado citado pela agência de notícias France-Presse (AFP).
Israel bloqueia a entrada de ajuda humanitária na Faixa de Gaza desde 02 de março, acusando o Hamas de a desviar, o que é negado pelo movimento islamita.
"Nenhuma ajuda humanitária entrará em Gaza", declarou Katz num comunicado na quarta-feira.
O Gabinete das Nações Unidas para os Assuntos Humanitários (OCHA) afirmou esta semana que a Faixa de Gaza vive "provavelmente a pior" situação humanitária desde o início do conflito, há 18 meses.
A guerra em curso foi desencadeada por um ataque do Hamas em Israel em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e 250 reféns.
A resposta israelita provocou mais de 51.000 mortos em Gaza, bem como a destruição de uma parte significativa das infraestruturas do território palestiniano governado pelo Hamas desde 2007.