O braço armado do Hamas vai adiar, até nova ordem, a libertação de mais reféns israelitas prevista para o próximo sábado. A informação está a ser avançada por um porta-voz do Hamas na rede social Telegram e, entretanto, oficializada. Israel já reagiu.

No último sábado, dia 8, realizou-se sem sobressaltos a quarta troca de reféns e prisioneiros desde o início do cessar-fogo no passado dia 19 de janeiro.

E hoje, segunda-feira, dia em que deveriam arrancar as negociações sobre a segunda fase das tréguas, o Hamas informa que vai ser adiada a próxima libertação de reféns.

Devido às “violações inimigas” dos termos do acordo de cessar-fogo, "a entrega dos prisioneiros sionistas, cuja libertação estava prevista para o próximo sábado, 15 de fevereiro de 2025, será adiada até nova ordem", confirmou, entretanto, o Hamas, em comunicado.

A reação de Israel não demorou. Após este anúncio do Hamas, Israel fala num “violação total” da trégua

Sinais de “perigo”

Apesar de a troca se ter realizado sem incidentes no passado sábado, um membro do gabinete político do movimento islamita palestiniano avisou, nesse mesmo dia, que o cessar-fogo "está em perigo" e “pode colapsar”.

A verdade é que ainda não arrancaram as negociações sobre a segunda fase das tréguas.

Em declarações à agência France-Presse (AFP), Bassem Naïm acusou Israel de "procrastinação" na implementação da primeira fase do acordo de cessar-fogo, com uma duração de seis semanas e em vigor desde 19 de janeiro.

Esta situação, alertou, coloca o acordo "em perigo e pode levar ao seu colapso".

Em atualização