As militares que serão libertadas são Liri Albag, de 19 anos, Karina Ariev, Daniella Gilboa e Naama Levy, todas de 20.
A quinta militar que resta no enclave, Agam Berger, não será libertado agora.
O gabinete do primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, disse que "uma lista de mulheres raptadas foi recebida pelos mediadores" e que Israel responderá mais tarde.
Prevê-se que o Governo israelita divulgue uma lista de prisioneiros palestinianos nas cadeias israelitas que serão libertados em troca das suas militares.
De acordo com os detalhes do acordo de cessar-fogo com o Hamas, Israel libertará 50 prisioneiros palestinianos por cada mulher soldado israelita, o que significa que pelo menos 200 dos reclusos deverão sair até sábado.
As mulheres a libertar estavam colocadas na base militar de Nahal Oz, junto à fronteira entre Israel e a Faixa Gaza, em 07 de outubro de 2023, dia em que combatentes palestinianos liderados pelo Hamas atravessaram a fronteira e fizeram cerca de 1.200 mortos e 250 reféns em solo israelita, desencadeando o atual conflito no enclave.
A base de observação de Nahal Oz, a apenas um quilómetro da Faixa de Gaza, foi um dos primeiros pontos atacados em 07 de outubro de 2023 pelos islamitas, onde mataram 66 militares, incluindo 15 observadores, e raptaram outros seis.
O trabalho destes militares consistia na vigilância de movimentos suspeitos dos milicianos palestinianos ao longo da fronteira para garantir a segurança das comunidades e cidades próximas.
Nos meses que antecederam o ataque, estes observadores relataram ter detetado treinos e exercícios militares de militantes do Hamas e de outros grupos dentro do enclave, bem como raptos simulados, de acordo com vários dos seus familiares citados pela agência EFE.
Após as próximas libertações, 87 reféns vão permanecer na Faixa de Gaza, mas Israel estima que pelo menos 35 estejam mortas.
Como o Hamas ainda não forneceu uma lista dos reféns que ainda estão vivos, a condição dos prisioneiros que vão sair da Faixa de Gaza no sábado é desconhecida.
Quando as quatro militares deixarem a Faixa de Gaza, três mulheres permanecerão no enclave da lista de 33 que o Hamas deverá libertar durante a primeira fase do acordo de cessar-fogo com Israel.
Na primeira fase de 42 dias, que entrou em vigor no passado domingo, o acordo prevê a troca de reféns na Faixa de Gaza por prisioneiros palestinianos em cadeias israelitas, a retirada das forças de Israel de grande parte das zonas populacionais do território e um expressivo reforço da entrada de ajuda humanitária.
As fases seguintes do acordo serão negociadas durante a vigência de 42 dias da primeira.
Após o ataque do Hamas, Israel desencadeou uma ofensiva em grande escala na Faixa de Gaza, que provocou mais de 47 mil mortos, na maioria civis, e um desastre humanitário, desestabilizando toda a região do Médio Oriente.
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