
Apenas 39% dos portugueses é a favor da imigração e 30% diz ser contra, segundo uma sondagem internacional da Associação Gallup International (GIA), realizada a nível nacional pela Intercampus. Ainda assim, Portugal é dos poucos países na Europa Ocidental em que a taxa de aprovação é superior em matéria de imigração, incluindo a entrada de trabalhadores estrangeiros em território nacional.
Em Portugal, cerca de 30% dos inquiridos apresenta uma opinião negativa sobre o fenómeno migratório - abaixo da média global de 35% - e 30% assume uma posição neutra.
O aumento dos fluxos migratórios ganhou uma dimensão mais acentuada nos últimos anos devido aos crescentes conflitos armados em diversos pontos do Médio Oriente, África e Ásia, que espoletaram a presença de migrantes oriundos destas regiões na Europa ocidental e nos EUA.
Maioria dos portugueses confia mais no grupo étnico a que pertence
Em matéria de tolerância étnica, o estudo revela que a maioria dos portugueses (52%) “confia mais nas pessoas que pertencem ao seu grupo étnico do que em pessoas que pertencem a outros grupos étnicos presentes no seu país”, um número praticamente idêntico à média global de 54%.
A nível global, a sondagem da GIA foi realizada em 43 países nos vários continentes e mostra que, nos casos de países como os Estados Unidos ou a Arábia Saudita, que acolhem um número significativo de imigrantes que contribuem para o desenvolvimento económico, existe uma maior aprovação da imigração, com uma taxa de 45% e 52%, respetivamente. Em sentido inverso, o Iraque e o Peru têm a visão mais desfavorável sobre os imigrantes.
Ficha técnica
O Inquérito Internacional da Gallup International (EoY), conduzido em Portugal pela Intercampus, foi realizado em 43 países de todo o mundo. Foi entrevistado um total de 46 195 pessoas em todo o mundo. Em cada país, foi entrevistada uma amostra representativa de cerca de 1000 homens e mulheres entre outubro de 2024 e fevereiro de 2025, quer pessoalmente, quer por telefone ou online. A margem de erro do inquérito é de ±3-5% para um nível de confiança de 95%.