A taxa de inflação homóloga foi de 1,9% em março, menos 0,5 pontos percentuais do que em fevereiro, confirmou esta quinta-feira o Instituto Nacional de Estatística (INE).

Com arredondamento a uma casa decimal, a taxa de variação do Índice de Preços no Consumidor (IPC) avançada esta quinta-feira pelo INE coincide com o valor da estimativa rápida divulgada pelo instituto em 31 de março passado.

Já o indicador de inflação subjacente - que exclui produtos mais voláteis, como alimentos e energia - registou uma variação homóloga de 1,9% em março, que compara com 1,5% no mês anterior.

Analisando os indicadores que compõem o IPC, verifica-se que a variação do índice relativo aos produtos energéticos diminuiu de 1,5% em fevereiro para 0,1% em março, enquanto a do índice referente aos produtos alimentares não transformados aumentou para 2,8% (2,4% em fevereiro).

Já por classes de despesa e face ao mês anterior, o INE destaca as diminuições das taxas de variação homóloga do "vestuário e calçado" e do "lazer, recreação e cultura", com variações de -1,1% e 2,5% respetivamente (2,4% e 3,8% em fevereiro).

Em sentido oposto, assinala os "aumentos ténues" dos "acessórios, equipamento doméstico e manutenção corrente da habitação" e da "saúde", com variações de -0,6% e 3,4% respetivamente (-0,8% e 3,3% no mês anterior).

Em março, nas classes com maiores contribuições positivas para a variação homóloga do IPC, salientam-se a dos "restaurantes e hotéis", a dos "bens alimentares e bebidas não alcoólicas" e da "habitação, água, eletricidade, gás e outros combustíveis".

Pelo contrário, a classe com contribuição negativa mais relevante foi a do "vestuário e calçado".

Na comparação em cadeia, a variação do IPC aumentou para 1,4% (-0,1% no mês precedente e 2,0% em março de 2024), enquanto a variação média dos últimos 12 meses foi 2,4% (2,5% no mês anterior).

Quanto ao Índice Harmonizado de Preços no Consumidor (IHPC) português, que permite a comparação entre países europeus, apresentou uma variação homóloga de 1,9% em março, taxa inferior em 0,6 pontos percentuais à do mês anterior e em 0,3 pontos percentuais ao valor estimado pelo Eurostat para a área do euro (em fevereiro, a taxa em Portugal tinha sido superior à da área do Euro em 0,2 pontos percentuais).

Excluindo produtos alimentares não transformados e energéticos, o IHPC em Portugal atingiu uma variação homóloga de 2,0% em março (2,5% em fevereiro), taxa inferior em 0,4 pontos percentuais à correspondente para a área do euro (em fevereiro, a variação deste agregado foi inferior em 0,1 pontos percentuais à da área do Euro).

Quanto à variação mensal do IHPC, foi de 1,7% em março (-0,1% no mês anterior e 2,3% em março de 2024), enquanto a variação média dos últimos 12 meses foi de 2,6% (2,7% no mês precedente).