
O presidente da Câmara Municipal de Oeiras, Isaltino Morais, defendeu esta quarta-feira que a gestão da Avenida Marginal, que liga Lisboa a Cascais, deve ser feita pela autarquia e não pela Infraestruturas de Portugal (IP), como acontece.
Isaltino Morais esclarece que as relações entre a autarquia e a IP "são ótimas", mas reconhece, no entanto, problemas a nível de gestão daquela via.
"A Câmara de Oeiras quer a [gestão da Avenida] Marginal, porque é a câmara que cuida da Marginal. Quando há chuvas fortes, marés vivas, remoção de areias, quando é preciso fechar estradas, somos nós, a IP não faz nada", salientou.
Segundo Isaltino Morais, a Infraestruturas de Portugal "está de acordo em passar a Marginal para a Câmara", bem como o ministro das Infraestruturas e da Habitação, lembrando que "agora começa o planeamento" e que a "vontade política é determinante".
O autarca apontou, no entanto, para a existência de quem diga que para tal é preciso ser mudado o Plano Rodoviário Nacional.
Isaltino “totalmente de acordo” com limite de velocidade de 50km/h
Quando questionado sobre se concorda com o limite máximo de 50 quilómetros por hora em toda a extensão da Avenida Marginal, medida recentemente tomada pela IP, Isaltino Morais disse estar "totalmente de acordo".
A Avenida Marginal (Estrada Nacional 6 - EN6), que liga Lisboa a Cascais, tem atualmente limites máximos de 50 quilómetros por hora em toda a extensão, anunciou a Infraestruturas de Portugal (IP) no início de abril.
Este anúncio surgiu quase uma semana depois de três ciclistas terem sido atropelados na Avenida Marginal por um automobilista, junto à praia da Torre, no sentido Carcavelos-Oeiras.
Duas das vítimas ficaram feridas com gravidade.
Com Lusa