O Presidente de Israel disse que as agressões supostamente levadas a cabo por manifestantes pró-palestinianos contra adeptos de uma equipa de futebol de Israel nos Países Baixos foram um "pogrom antissemita".
"Vemos com horror, hoje [sexta-feira] de manhã, as chocantes imagens que, desde 07 de outubro, esperávamos não voltar a ver", disse Isaac Herzog, que comparou o incidente nos Países Baixos com os ataques de membros do Hamas de 2023 em que morreram 1.200 pessoas em território israelita.
O termo russo "pogrom" designa desde o século XIX a agressão e perseguição deliberada contra um grupo étnico, sobretudo judeus. Os incidentes de quinta-feira à noite nos Países Baixos provocaram ferimentos a 10 cidadãos israelitas tendo a polícia local detido 62 pessoas, segundo o jornal The Times of Israel.
De acordo com notícias difundidas nos Países Baixos, várias centenas de adeptos do Maccabi, clube de futebol de Telavive, que perdeu por 5-0 contra o clube holandês Ajax, para a Liga Europa, foram alvo de ataques quando se encontravam reunidos numa praça de Amesterdão onde estavam "manifestantes pró-palestinianos".
Pelo menos 10 feridos após incidentes
O novo ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel, Gideon Sa'ar disse, após contactos com as autoridades de Haia, que pelo menos 10 pessoas ficaram feridas considerando os incidentes "bárbaros e antisemitas".
"Espero que as autoridades dos Países Baixos atuem de imediato e tomem as medidas necessárias para proteger, localizar e resgatar todos os israelitas e judeus atacados", disse, esta sexta-feira, o chefe de Estado de Israel.
Anteriormente o primeiro-ministro de Israel ordenou o envio "imediato de dois aviões de resgate" para retirar os cidadãos israelitas e exigiu às autoridades dos Países Baixos "atuação firme e rápida" contra aqueles que provocaram as agressões.
Na quarta-feira, a presidente da Câmara de Amesterdão, Feme Halsema, proibiu uma manifestação de apoio à Palestina que ia decorrer junto ao estádio Johan Cruiff por recear "problemas".
O chefe do Executivo de Israel esteve, entretanto, em contacto telefónico com o primeiro-ministro dos Países Baixos, Dick Schoff a quem pediu garantias de segurança a todos os israelitas que se encontram no país. Em comunicado, Benjamin Netanyahu agradeceu a Dick Schoff por ter classificou os incidentes nos Países Baixos como um "ato antisemita".
MNE israelita vai aos Países Baixos
O ministro dos Negócios Estrangeiros de Israel anunciou, também esta sexta-feira, que vai deslocar-se com urgência aos Países Baixos na sequência dos incidentes após um jogo de futebol em que dez israelitas ficaram feridos em Amesterdão.
Com Lusa