
Numa comunicação na Casa dos Direitos em Bissau, para assinalar o Dia Mundial da Liberdade de Imprensa, Baldé comentou igualmente o último relatório divulgado pela organização Repórteres Sem Fronteiras, segundo o qual a Guiné-Bissau desceu do lugar 92 para 102 de 2024 para este ano.
"Perdemos dez lugares no ranking. Descemos de 92 para o lugar 102. Isso deve-se à pressão política e económica que é exercida sobre os profissionais da comunicação social da Guiné-Bissau", lamentou Correia Baldé.
A Repórteres Sem Fronteira defendeu que a Guiné-Bissau vive "uma grave deterioração do ambiente de segurança da imprensa e as pressões políticas e económicas têm posto à prova o exercício do jornalismo".
A presidente do Sinjotecs apelou aos profissionais de comunicação social, mas sobretudo os decisores políticos, para refletirem sobre os dados apresentados.
Indira Correia Baldé corroborou a denúncia da Repórteres Sem Fronteiras, segundo a qual "os jornalistas são regularmente expostos às agressões físicas, as redações estão sujeitas a serem saqueadas e outros ainda são alvos de campanhas violentas de assédio 'online', especialmente sexistas".
"Os decisores políticos deviam analisar as posições que a Guiné-Bissau tem vindo a ocupar no ranking mundial de liberdade de imprensa ao longo dos últimos dez anos", exortou Correia Baldé.
Como forma de inverter "esse quadro negro", Baldé apelou para a criação de políticas públicas de inclusão digital, o acesso à informação e o fortalecimento dos meios de comunicação locais, especialmente nas regiões do interior, distantes de Bissau.
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