A empresária e socialite norte-americana Kim Kardashian deverá testemunhar esta terça-feira, num tribunal em Paris, no caso do roubo que sofreu à mão armada no seu quarto de hotel, na capital de França, em 2016.

Os suspeitos terão roubado cerca de 10 milhões de dólares em joias (cerca de 8,9 milhões de euros), depois de invadir o quarto de hotel onde Kim Kardashian estava hospedada para a Semana da Moda de Paris.

A estrela de televisão terá sido ameaça com uma arma e amarrada com fita adesiva. Entre as joias roubadas está o anel de noivado de 4 milhões de dólares (cerca de 3,5 milhões de euros) oferecido por Kanye West, o seu então marido na altura.

Numa entrevista em 2020, citada pela agência Reuters, Kim Kardashian recordou o medo que sentiu naquela noite.

“Não paravam de dizer ‘o anel, o anel’. Eu não parava de olhar para o porteiro”, disse a empresária e modelo, referindo-se funcionário do hotel que tinha sido forçado a levar os assaltantes até ao quarto.

"Eu pensava: 'Vamos morrer? Digam-lhes que tenho filhos, que tenho bebés... Tenho de ir para casa'".

Evan Agostini/AP

"O alvo não era ela, era o diamante"

De acordo com a Reuters, 10 suspeitos do assalto vão a julgamento. Fazem parte do chamado "Grandpa Gang" (o Gang dos Avós, na tradução literal) e quase todos os suspeitos estão na casa dos 60 e 70 anos.

Yunice Abbas, de 71 anos, e um dos suspeitos do assalto, disse à imprensa francesa que o grupo de assaltantes não sabia quem era Kim Kardashian.

"O alvo não era ela, era o diamante", revelou na altura Abbas, numa entrevista na qual admitiu a sua participação no roubo. O suspeito chegou mesmo a escrever um livro sobre o seu papel.

Em entrevistas aos meios de comunicação franceses, disse estar arrependido do que fez e que queria pedir desculpa a Kim Kardashian.