Mais de 300 personalidades da sociedade civil assinaram um manifesto, onde expressam apoio ao PS e ao seu secretário-geral e candidato a primeiro-ministro, Pedro Nuno Santos, referindo que é preciso "construir um país onde ninguém é deixado para trás".

Segundo os signatários, Portugal e "o mundo" vivem "tempos decisivos" para a "democracia e para a paz social", pelo que são necessários "projetos políticos capazes de responder, de forma efetiva, às reais necessidades da população e, simultaneamente, de refundar a confiança entre os cidadãos e aqueles que se propõem a representá-los".

Entre as mais de três centenas personalidades subscritoras deste manifesto está a cantora Lena D'Água, a escritora e jornalista Alice Vieira, o ex-autarca Américo Lopes Azevedo, a atleta Manuela Machado, o ator, encenador e diretor artístico Pedro Penim, ou a arquiteta Teresa Novais, entre outros.

No manifesto, que é assinado por personalidades de vários espetros da sociedade, desde a cultura ao desporto e até à ciência e academia, os subscritores fazem referência ao "contexto internacional adverso" para sublinhar que o país é chamado "a escolher entre alternativas políticas num ambiente de desconfiança e descrédito que ninguém desejaria que tivesse surgido".

"Temos consciência de que estas eleições ocorrem num momento desajustado, mas somos convocados a escolher, uma vez mais, entre projetos distintos para Portugal", acrescentam.

Neste contexto, os signatários manifestam o seu apoio "ao projeto defendido pelo Partido Socialista e ao seu candidato a primeiro-ministro, Pedro Nuno Santos", considerando que subscrevem "o projeto que melhor traduz a ambição de construir um país onde ninguém é deixado para trás e onde, em conjunto" são encontradas "soluções concretas para melhorar a vida da cada uma e cada um, garantindo liberdade, igualdade e justiça social, bem-estar coletivo e a realização das legítimas aspirações pessoais".

"Portugal precisa de esperança, mas também desta capacidade de a transformar em propostas concretas, que façam avançar, com consistência e competência, a vida de todos", salientam, no documento hoje divulgado.

Em contraponto, dizem rejeitar as propostas que "apresentam o retrocesso como penalização pela frustração coletiva, o individualismo como solução para as adversidades do dia a dia", bem como "visões de governação, mais ou menos assumidas, ao serviço de uma minoria, que bloqueiam os projetos de vida da expressiva maioria dos portugueses".

No manifesto, os signatários afirmam ainda que "A história do PS, cujo símbolo maior é Mário Soares, confunde-se com a luta pela instauração e consolidação da democracia", pelo que defendem que em "tempo de ameaças e perigos para a liberdade, é fundamental escolhermos aqueles que têm inscrita na sua identidade a fidelidade permanente e ativa aos valores da democracia".