Uma menina de 11 anos foi a única sobrevivente do naufrágio de um barco com 45 migrantes a bordo perto da ilha mediterrânica de Lampedusa, afirmaram, esta quarta-feira, as equipas de salvamento dum navio de resgate de migrantes.
A sobrevivente do naufrágio foi resgatada na madrugada desta quarta-feira no mar pelo veleiro Trotamar, da ONG Compass Collective, que estava na área para outra operação.
A embarcação em que viajava transportava 45 passageiros que tinham partido de Sfax, na Tunísia, segundo as equipas de salvamento, e ter-se-á afundado durante uma tempestade, afirmou a menina, que se crê ser natural da Serra Leoa.
Segundo os socorristas, a jovem usava um colete salva-vidas e estava agarrada a uma bóia de salvação.
No total, 356 migrantes desembarcaram na ilha italiana durante a noite, antes da chegada da jovem resgatada pela tripulação do Trotamar.
Os migrantes viajavam em cinco embarcações, incluindo uma que transportava 111 passageiros que foram resgatados pelas autoridades portuárias, pela polícia financeira e pelos agentes da Frontex.
Conseguiram chegar a terra pessoas do Egito, Eritreia, Paquistão, Síria, Sudão e Somália, incluindo 13 mulheres e 11 menores.
Os outros barcos transportavam entre 45 e 87 passageiros do Bangladesh, Síria, Marrocos, Sudão e Irão, mas todos disseram ter partido da Líbia.
Mais de 30 mil migrantes morreram na travessia do mar Mediterrâneo entre 2014 e 2023, de acordo com a Fondazione ISMU ETS, que admite que o número de menores que morreram ou desapareceram em naufrágios pode superar 6.000 neste período.
Desde o início do ano, pelo menos 1.452 migrantes perderam a vida no Mar Mediterrâneo ou estão desaparecidos, de acordo com dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM).