"De entre as contravenções autuadas, constata-se, com preocupação, que os automobilistas continuam a conduzir em excesso de velocidade, com 227 multas, condução sob efeito de álcool, 167 multas e respetivas cartas apreendidas, excesso de lotação, 64 multas, falta de carta de condução compatível, 42 condutores multados, entre outras irregularidades", refere-se num comunicado do Instituto Nacional dos Transportes Rodoviários (Inatro).

Durante o período, pelo menos seis pessoas morreram em resultado de igual número de acidentes de viação, que também feriram gravemente 13 pessoas.

"Da análise feita presume-se que os acidentes de viação acima referenciados terão sido causados por cruzamento irregular de veículos, velocidade excessiva e circulação no sentido contrário de trânsito", lê-se ainda no documento.

Em 15 de abril, o Governo moçambicano aprovou um Plano de Ação de Segurança Rodoviária, um instrumento que visa travar os altos índices de sinistralidade, anunciou o executivo.

O plano prevê uma série de ações para reduzir o número de acidente de viação no país, incluindo reforço das fiscalizações, alterações à legislação e intervenções em pontos considerados "críticos", bem como a sensibilização das comunidades.

O instrumento prevê também a construção de um centro de atendimento pós-acidente em forma de projeto-piloto no distrito de Manhiça, província de Maputo, um dos pontos com elevado índice de sinistralidade no país.

Os índices de acidentes rodoviários em Moçambique são classificados como dramáticos por várias organizações.

As autoridades têm apontado o excesso de velocidade e condução sob efeito de álcool como as principais causas.

O país registou mais de 4.800 mortos em acidentes de viação em cinco anos, de acordo com dados divulgados em maio de 2024 pelo Governo, que apela ao envolvimento da sociedade para travar o flagelo.

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