O Presidente da República avisa o Governo que “é tempo perdido e é dinheiro mal gasto, se não há o mínimo de estabilidade” na Saúde. Marcelo Rebelo de Sousa defende que deve haver acordo entre as forças políticas paras as reformas no Serviço Nacional de Saúde (SNS). O Chefe de Estado saudou, apesar de tudo, o acordo alcançado em relação aos técnicos do INEM.
Os técnicos de emergência pré-hospitalar vão receber um aumento de 256 euros, após terem chegado a entendimento com Governo. O acordo entre o sindicato e o Executivo foi alcançado na quarta-feira à noite, depois de sete horas de reunião. Para negociação posterior ficaram a adaptação do Sistema Integrado de Gestão e Avaliação do Desempenho da Administração Pública e a organização do tempo de trabalho em sede de acordo coletivo.
Em declarações aos jornalistas, esta quinta-feira, Marcelo Rebelo de Sousa afirmou que é uma “boa notícia” que se procure “uma fórmula que funcione melhor” e que “haja acordo entre aqueles que trabalham no INEM e o Estado”.
O Chefe de Estado considera que é um “passo dado” para evitar novas greves na instituição.
Quanto a reformas maiores no setor da Saúde, Marcelo Rebelo de Sousa lamenta que, conforme mudam os governos, mudem as orientações.
"Essa orientação tem de ter o mínimo de estabilidade”, defendeu o Presidente da República, lembrando que “estar a mexer” no SNS “demora tempo” e “custa dinheiro”.
“ É tempo perdido e é dinheiro mal gasto , s e não há o mínimo de estabilidade ”, atirou.
Para o Presidente da República, devia ter havido “acordo entre as forças políticas em relação a uma reforma que começou a ser aplicada”.
“Demorou muito tempo a arrancar – foi lento, lento, lento – mas devia ser experimentada.Foi entendido que não. Pode ser que a solução que vem aí seja melhor. Mas que haja uma solução que seja para durar”, finalizou.