Cerca de mil soldados norte-coreanos foram mortos ou feridos na última semana em combates contra as forças ucranianas na região russa de Kursk, de acordo com estimativas divulgadas esta sexta-feira pelos EUA.

O porta-voz do Conselho de Segurança Nacional da Casa Branca, John Kirby, disse que os soldados norte-coreanos que apoiam a Rússia estão a lançar grandes ataques contra as forças ucranianas, mas são menos eficazes do que o previsto.

"A nossa estimativa é que, até ao momento, tenham sofrido mais de 1.000 mortos ou feridos neste combate, só na última semana", acrescentou o porta-voz, esclarecendo que os líderes militares russos estão a "tratar essas tropas como dispensáveis e a ordenar-lhes que conduzam ataques inúteis às defesas ucranianas".
"Estes soldados norte-coreanos parecem ser altamente doutrinados, realizando ataques mesmo quando é claro que estes são inúteis", explicou o funcionário da Casa Branca.

Os serviços de informação dos EUA também têm relatos de soldados norte-coreanos que tiraram a própria vida para evitar a captura pelas forças ucranianas, provavelmente "por medo de retaliação contra as suas famílias na Coreia do Norte", disse Kirby.

Segundo Kiev, a Coreia do Norte tinha enviado entre 10 mil e 12 mil soldados para a Rússia, para ajudar no esforço de guerra.

As informações sobre o curso da guerra divulgadas pelas duas partes não podem ser verificadas de imediato de forma independente.

As forças ucranianas, que enfrentam uma invasão russa desde fevereiro de 2022, contra-atacaram em agosto passado e invadiram a região russa de Kursk, junto à fronteira, mantendo ainda o controlo sobre parte da região.

O porta-voz explicou ainda que nos próximos dias os Estados Unidos vão aprovar um novo pacote de armamento para a Ucrânia.