Milhares de pessoas voltaram a sair hoje às ruas de Israel para exigir que o Governo chegue a um acordo para libertar os 59 reféns israelitas ainda detidos em Gaza pelos islamitas palestinianos do Hamas.

Como faz todos os sábados, o Fórum das Famílias dos Reféns e Desaparecidos, que representa a maior parte dos familiares dos raptados a 07 de outubro (de 2023), organizou um protesto na chamada "Praça dos Reféns", em Telavive, que reuniu os pais de vários prisioneiros, 20 dos quais deverão estar ainda vivos.

"O meu filho (...) e o resto dos reféns vivos estão em perigo claro e imediato! Os bombardeamentos do exército podem matá-los, os terroristas podem matá-los se ouvirem o exército a aproximar-se, ou podem simplesmente não sobreviver às condições duras e desumanas do seu cativeiro", afirmou Ilan Dalal, pai do refém Guy Gilboa Dalal, durante o protesto, em declarações partilhadas pelo Fórum.

Outros optaram por dirigir a sua mensagem ao Presidente dos EUA, Donald Trump, encorajando-o a pressionar Israel a chegar a um acordo para libertar os prisioneiros em Gaza.

Pouco antes do protesto, o Fórum das Famílias dos Reféns emitiu uma declaração encorajando o Governo israelita a "acabar com a guerra, recuperar todos os reféns e aproveitar esta oportunidade regional histórica".

O Fórum referia-se à viagem que Donald Trump planeia fazer na próxima semana à Arábia Saudita, ao Qatar e aos Emirados Árabes Unidos, e que, pelo menos por enquanto, não inclui Israel.

"O Governo está a agir contra a política do Presidente Trump e em total oposição à vontade maioritária do público israelita", afirmou o Fórum das Famílias.

Hoje o grupo islamita Hamas voltou a divulgar um vídeo de propaganda que mostra dois reféns israelitas, Elkana Bohbot e Yosef-Haim Ohana, vivos e no qual se faz referência a acontecimentos em Israel nas últimas semanas, e que parece ter sido gravado recentemente.

A guerra eclodiu em Gaza após um ataque sem precedentes do grupo islamita palestiniano Hamas em solo israelita, em 07 de outubro de 2023, que causou cerca de 1.200 mortos e mais de duas centenas de reféns.

Os ataques israelitas sobre Gaza já causaram mais de 52 mil mortos e uma destruição quase total das infraestruturas do pequeno território, controlado pelo Hamas desde 2007.

Até ao momento, o exército israelita estima que pelo menos 24 dos 59 reféns mantidos pelo Hamas na Faixa de Gaza ainda possam estar vivos, embora o Presidente norte-americano, Donald Trump, tenha dito na terça-feira que apenas 21 permanecem com vida.