"Portugal é um país que está, objetivamente, numa boa performance e num bom movimento, Portugal é um país que todos temos a responsabilidade de preservar nesta condição, de tirar - no bom sentido do termo - proveito da situação e de não estragar e eu sei que é isso que vai acontecer: vai acontecer no plano político, vai acontecer no plano económico e vai acontecer também, seguramente, no plano social", afirmou Luís Montenegro, na assinatura do acordo de Compromisso de Cooperação com o Setor Social e Solidário para 2025-2026, que decorreu na residência oficial, em São Bento (Lisboa).

Montenegro considerou que o acordo hoje alcançado, que foi elogiado por todos os representantes do setor social que antes discursaram, "é um autêntico anteprojeto" de uma lei de financiamento do setor social com que o atual Governo já se tinha comprometido, antes da rejeição da moção de confiança que apresentou ao parlamento devido a dúvidas sobre a vida patrimonial e profissional do primeiro-ministro e que ditou a sua demissão e a convocação de eleições antecipadas.

"Estará prontinho para o próximo governo o poder finalizar, aprovar e colocar no ordenamento jurídico. E, portanto, não há ninguém que vá ter coragem de não aproveitar uma coisa que está ali tão pronta, ainda para mais se, como eu tenho em perspetiva, se tratarem de pessoas que têm muito a ver com a sua formação e com a sua elaboração", declarou o primeiro-ministro demissionário, dizendo não poder acrescentar mais para não violar os seus deveres de neutralidade

A exatamente dois meses das eleições antecipadas de 18 de maio, o primeiro-ministro admitiu que "o povo português está hoje apreensivo" com a situação política que tem pela frente, sobretudo num contexto mundial de incerteza

"Mal seria que o país desperdiçasse a situação em que se encontra", afirmou, dizendo que Portugal é hoje "um exemplo" no desempenho económico e orçamental ao nível da União Europeia.

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Lusa/fim