Os 35 moradores da vila nas traseiras do prédio em Lisboa onde caiu hoje uma parede lateral não serão realojados, segundo fonte da Proteção Civil, que adianta que a eletricidade foi restabelecida e a rua será aberta em breve.

A parede lateral de um prédio de dois andares na Rua de Campo de Ourique, em Lisboa, caiu hoje ao início da tarde, deixando os únicos dois moradores desalojados.

Segundo a diretora do Serviço Municipal de Proteção Civil, o casal, que não se encontrava em casa, vai ficar em casa de familiares.

Além dos moradores do prédio, existem outras 15 frações indiretamente afetadas, onde vivem 35 pessoas, e que se localizam numa vila nas traseiras do número 85, através do qual é feito o acesso à via pública.

De acordo com Margarida Castro Martins, após os trabalhos de limpeza, concluídos ao final da tarde, aquele acesso ficou interdito, mas as pessoas poderão aceder à vila através de um outro prédio.

A energia nas 15 habitações também já foi restabelecida e a rua, cortada ao trânsito após a derrocada, será aberta em breve.

Na segunda-feira, os serviços técnicos da Câmara Municipal de Lisboa farão uma visita ao local "para avaliar os próximos passos".

O presidente da Câmara Municipal de Lisboa, que estava a passar na rua no momento da derrocada, afirmou que as responsabilidades têm de ser apuradas e apontou o possível impacto de obras num terreno adjacente.

"É muito perigoso. Tivemos muita sorte, mas isto é muito grave, a responsabilidade tem de ser apurada", sublinhou, admitindo que o colapso da parede lateral do prédio possa ter sido provocado por obras que estão a decorrer no terreno adjacente, numa altura em que "o solo ainda está muito frágil" na sequência das chuvas das últimas semanas.

Os destroços atingiram uma viatura, mas não houve registo de feridos.