Nos primeiros dez meses de 2024, morreram nas estradas portuguesas 405 pessoas no local do acidente ou a caminho do hospital, menos 16 do que no período homólogo de 2023, segundo um relatório hoje divulgado.

De acordo com o Relatório Outubro 2024 da Sinistralidade a 24 Horas, elaborado pela Autoridade Nacional de Segurança Rodoviária (ANSR), nos primeiros dez meses do ano passado registaram-se 31.633 acidentes, dos quais resultaram 405 mortos, 2.304 feridos graves e 37.081 ligeiros.

Comparativamente ao período homólogo de 2023, foram contabilizados mais 882 acidentes (+2,9%), menos 16 vítimas mortais (-3,8%), mais 46 feridos graves (+2,0%) e mais 1.048 ligeiros (+2,9%).

A ANSR acrescenta que face a 2019, ano definido pela Comissão Europeia como referência "para efeitos da avaliação da evolução da sinistralidade rodoviário durante a presente década", registaram-se mais 718 acidentes, menos 35 mortos, mais 154 feridos graves e menos 316 ligeiros.

Em Portugal continental, a maioria dos 30.226 acidentes com vítimas contabilizados entre 1 de janeiro e 30 de outubro ocorreu com bom tempo (82,1%) e dentro das localidades (79,2%), onde o número de mortos aumentou face a 2019 e 2023.

Os distritos com mais acidentes foram os de Lisboa (6.317), Porto (5.262) e Braga (2.741).

Do total de 392 vítimas mortais registadas no continente, 288 foram condutores, 45 passageiros dos veículos sinistrados e 59 peões.

De acordo com o relatório, nos primeiros dez meses de 2024 foram detetadas pelas autoridades um total de 1.003.253 infrações rodoviárias, das quais 701.618 por excesso de velocidade, 46.683 por falta de inspeção periódica obrigatória e 23.161 por condução sob o efeito do álcool.

Em outubro, havia um total de 739.506 condutores sancionados com subtração de pontos.