O presidente da Colômbia, Gustavo Petro, afirmou que “a cocaína não é pior do que o whisky”, defendendo que a indústria global da cocaína poderia ser “facilmente desmantelada” se a droga fosse legalizada.

“A cocaína só é ilegal porque é fabricada na América Latina, não porque seja pior do que o whisky”, referiu Petro na noite de terça-feira durante uma reunião de gabinete, transmitida em direto.

O primeiro presidente de esquerda na história da Colômbia sugeriu a legalização da cocaína como o álcool, de forma a combater o tráfico global e "encontrar a paz".

“Se queremos paz, temos de desmantelar o negócio [do tráfico de drogas]. Poderia ser facilmente desmantelado se legalizassem a cocaína no mundo. Seria vendida como vinho”, argumentou.

Segundo Petro, são os opióides sintéticos como o fentanil “que estão a matar” os americanos, “e isto não é fabricado na Colômbia”.

A Colômbia é o maior exportador mundial de cocaína, com uma produção de 2.600 toneladas em 2023. Segundo as Nações Unidas, os Estados Unidos são o principal consumidor.

Colômbia, o país da 'coca'

Na Colômbia, durante a década de 80 do século passado, vários cartéis expandiram-se e organizaram-se em grupos criminosos.

Algumas dessas organizações criminosas compraram guerras contra o Governo colombiano para tentar evitar tratados de extradição com os Estados Unidos e cometeram atos terroristas contra civis.

Apelidado de "Rei da Cocaína", Pablo Escobar foi o criminoso mais rico da história, tendo acumulado um património estimado em 30 milhões de dólares até à sua morte. Escobar fundou e liderou o Cartel de Medellín de 1976 até 1993.

Pablo Emilio Escobar Gaviria, traficante e narcoterrorista colombiano, fundador e único líder do Cartel de Medellín. Falecido em 1993.
Pablo Emilio Escobar Gaviria, traficante e narcoterrorista colombiano, fundador e único líder do Cartel de Medellín. Falecido em 1993. SIC Notícias


Com Agências