O número de barracas continua a aumentar. As famílias dizem não ter outra opção senão construir as próprias habitações. O terreno pertence ao Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU), que estima que cerca de 400 pessoas vivam no bairro da Penajóia. Os moradores garantem que o número ultrapassa os mil.

As famílias constroem as casas com os próprios recursos e fazem o possível para melhorar as condições precárias em que vivem. Ainda assim, o bairro enfrenta graves problemas devido à falta de acesso a água potável e eletricidade.

O IHRU tem realizado demolições no local. O instituto garante que só tem demolido casas desocupadas ou ainda em construção. Os moradores contrariam a informação e dizem que já foram retiradas famílias com crianças.

A Câmara Municipal de Almada mostra-se preocupada com o aumento das construções ilegais no bairro, mas afirma que cabe ao IHRU encontrar uma solução definitiva para o problema.

Até ao momento, o instituto não quis prestar mais esclarecimentos.

Construções ilegais: "É um problema nacional", diz ministro da Habitação

O ministro das Infraestruturas e Habitação sublinha que o problema das construções ilegais só se resolve com mais habitação pública. Miguel Pinto Luz diz que está preocupado e garante que acompanha a situação.