Durante décadas, o naturalista britânico percorreu o planeta com as suas emblemáticas calças bege e camisa azul, trazendo imagens muitas vezes inéditas de selvas, desertos e oceanos.

A sua série "Life on Earth" (A vida na Terra), lançada em 1979, foi vista por 500 milhões de pessoas em todo o mundo.

Embora já não viaje para os quatro cantos do mundo, continua a apresentar documentários com o seu tom calmo e a sua voz imediatamente reconhecível.

No novo filme afirma-se preocupado com o estado dos oceanos e denuncia os métodos de pesca industrial.

"Depois de ter passado a minha vida a filmar a natureza, compreendo agora que o lugar mais importante da Terra não é a terra", afirma no "trailer" do novo filme. "Precisamos de abrir os olhos para o que está a acontecer debaixo das ondas", alerta.

No filme, David Attenborough apresenta um quadro muito sombrio, afirmando que "esgotámos a vida dos nossos oceanos", mas acrescentando que "se salvarmos o mar, salvamos o nosso mundo".

O filme será lançado nos cinemas do Reino Unido na quinta-feira, e depois nos canais de televisão "National Geographic" e "Disney+" no início de junho.

Para assinalar os 99 anos de David Attenborough, o jornal britânico "The Guardian" pediu a 99 personalidades que explicassem em poucas palavras o que ele representa.

"Sei, ao ver os programas de David, que os nossos ecossistemas estão todos interligados e que, se um país fizer o que está certo e os outros não, não conseguiremos resolver o problema", afirmou o antigo Presidente dos Estados Unidos Barack Obama.

Para a cantora Billie Eilish, ele é "um tesouro vivo. O amor e o conhecimento profundo que David Attenborough tem do nosso planeta e do reino animal despertam a curiosidade infantil que existe em todos nós".

FP // JMR

Lusa/fim