O ataque atingiu o hospital de campanha do Kuwait na zona de Muwasi, onde centenas de milhares de pessoas procuraram abrigo em vastos campos de tendas.

O porta-voz do hospital, Saber Mohammed, disse que dois dos utentes tinham ficado gravemente feridos.

O exército israelita não fez qualquer comentário imediato, segundo a agência de notícias norte-americana Associated Press.

Os militares israelitas atacaram hospitais em várias ocasiões durante os 18 meses de guerra, acusando os militantes do Hamas de se esconderem nas unidades de saúde ou de as utilizar para fins militares.

O pessoal hospitalar negou as alegações e acusou Israel de pôr em perigo os civis de forma imprudente e de destruir o sistema de saúde do território.

Israel atacou o último grande hospital de cuidados intensivos no norte de Gaza no domingo, após ter ordenado que fosse evacuado.

Um doente morreu durante a evacuação do local e o ataque danificou gravemente a sala de emergência, a farmácia e os edifícios circundantes, segundo o Hospital Al-Ahli.

A diocese episcopal de Jerusalém, que gere o hospital, condenou o ataque.

Israel disse que tinha como alvo um centro de comando e controlo do Hamas dentro das instalações, sem fornecer provas.

O grupo radical palestiniano que governa Gaza desde 2007 negou as alegações.

A guerra começou quando militantes liderados pelo Hamas atacaram o sul de Israel em 07 de outubro de 2023, e mataram cerca de 1.200 pessoas.

Também raptaram 251 pessoas, das quais 59 ainda se encontram em Gaza.

As autoridades israelitas acreditam que 24 desses reféns estão vivos.

A maioria dos restantes foi libertada no âmbito de acordos de cessar-fogo ou outros acordos em troca de milhares de prisioneiros palestinianos detidos em Israel.

A ofensiva de retaliação de Israel matou cerca de 51.000 pessoas, segundo dados do Ministério da Saúde do Hamas, que não indica quantos eram civis ou combatentes, mas afirma que mais de mais de metade eram mulheres e crianças.

A ofensiva destruiu uma grande parte da Faixa de Gaza e deslocou cerca de 90% dos mais de dois milhões da população do território palestiniano.

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