As fortes tempestades que assolaram o norte do país e a província mais populosa do país resultaram em mais de 400 milímetros de chuva em apenas algumas horas, no sábado, e provocaram inundações caóticas que inundaram municípios inteiros.

"A província de Buenos Aires está a trabalhar para dar as respostas necessárias a este acontecimento climático absolutamente extraordinário", declarou o governador da província, Axel Kicillof, na sua conta na rede social X.

A Direção Provincial da Defesa Civil de Buenos Aires informou que o alerta vermelho continuará em vários distritos durante a noite de sábado para domingo, devido a tempestades, que serão acompanhadas por "atividade eléctrica, rajadas que podem atingir os 100 km/h" e uma precipitação acumulada "entre 30 e 60" milímetros.

As autoridades distribuíram mais de 66.000 quilos de alimentos, 3.500 colchões, 3.500 cobertores, 5.000 bidões de água e 2.500 kits de limpeza, e informaram que os hospitais estão a funcionar normalmente.

Até ao momento, não foram registadas mortes, mas Kicillof instou os cidadãos a evitarem conduzir nas zonas afetadas. "Temos de ser extremamente cuidadosos e tomar precauções pessoais, familiares e comunitárias para nos protegermos", afirmou no X.

O exército também foi chamado a intervir na região para ajudar a evacuar as pessoas afetadas e efetuar operações de salvamento, segundo o ministro da Defesa, Luis Petri, que se encontra no terreno com a ministra da Segurança Nacional, Patricia Bullrich, num centro de emergência instalado em Campana, uma das cidades mais afetadas pelas cheias, juntamente com a cidade vizinha de Zárate, ambas no nordeste da província de Buenos Aires.

Duas das estradas mais importantes que atravessam a província, as estradas nacionais 8 e 9, foram fechadas devido à quantidade de água, e vários serviços essenciais estão paralisados nas zonas mais afetadas.

"O Estado provincial, no seu conjunto, está empenhado, com todos os seus recursos materiais e humanos, em dar uma resposta eficaz aos que mais necessitam nestes tempos difíceis", declarou o governador de Buenos Aires.

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