
Concebido para ser um parque de recreio, a florestação de Monsanto implicou o uso de mão de obra intensiva e o desalojamento dos habitantes dos vários núcleos populacionais (cujo realojamento marca ainda alguns bairros na periferia do parque). Como organismo vivo que é, teve várias fases de vida. Inicialmente recebido com desconfiança, nomeadamente devido às árvores “que nunca mais cresciam”, perante a desadequação ao território e às condições naturais de várias espécies de flora, foi só ao atingir a maturidade – várias décadas depois do plantio, por volta dos anos 80 do século XX – que o parque encontrou o equilíbrio ecológico dos dias de hoje.
Atualmente sabe-se que Monsanto é essencial para aumentar as concentrações de oxigénio na baixa atmosfera, contribuir para a renovação do ciclo da água e diminuir as ondas de calor de uma metrópole vulnerável às alterações climáticas.
Neste episódio de Histórias de Lisboa, Miguel Franco de Andrade e engenheiro silvicultor Fernando Louro Alves revelam os segredos de Monsanto, uma floresta na cidade.
Histórias de Lisboa é um podcast semanal do jornalista da SIC Miguel Franco de Andrade com sonoplastia de Salomé Rita e genérico de Nuno Rosa e Maria Antónia Mendes.
A capa é de Tiago Pereira Santos em azulejo da cozinha do Museu da Cidade - Palácio Pimenta.
Ouça aqui as ‘Histórias de Lisboa’: