O chanceler alemão, Olaf Scholz, apelou hoje a um compromisso "com um Estado Palestiniano" que coexista pacificamente com o Estado de Israel.
"Devemos aproveitar este momento para nos comprometermos com um Estado palestiniano que possa coexistir pacificamente com o Estado de Israel", afirmou Olaf Scholz numa mensagem publicada na sua conta X.
"Finalmente, as armas calaram-se. Finalmente, os reféns israelitas foram libertados. Mas agora mais ajuda humanitária deve chegar rapidamente a Gaza", acrescentou.
A população civil palestiniana sofreu "enormemente" em Gaza e o seu destino "também nos preocupa", acrescentou o líder alemão.
Já o Presidente francês, Emmanuel Macron, disse hoje que vai trabalhar com os parceiros internacionais para garantir "a plena implementação" do acordo de cessar-fogo em Gaza, insistindo que "todos os reféns devem ser libertados o mais rapidamente possível".
Além disso, em conversa telefónica no sábado com o líder palestiniano Mahmoud Abbas, Macron sublinhou a importância de "restaurar a governação palestiniana em Gaza envolvendo plenamente a Autoridade Palestiniana", revelou hoje o Palácio do Eliseu.
"O futuro da Faixa de Gaza deve fazer parte de um futuro Estado palestiniano e, ao fazê-lo, devemos garantir que nenhum massacre, como o que foi cometido em 07 de outubro, possa alguma vez ser repetido contra o povo israelita", acrescentou a Presidência Francesa.
O Eliseu revelou ainda que o chefe de Estado falou por telefone, igualmente no sábado, com as famílias dos dois reféns franceses detidos pelo Hamas - Ofer Kalderon e Ohad Yahalomi -- que fazem parte da "primeira lista de libertados".
As três reféns israelitas já foram entregues à Cruz Vermelha, adiantou um dirigente do Hamas à Agence France-Press (AFP).
Entretanto, Israel revelou já ter a confirmação por parte da Cruz Vermelha de que recuperou, efetivamente, as três reféns israelitas.
O cessar-fogo entre Israel e o Hamas na Faixa de Gaza entrou em vigor às 11:15 locais (9:15 em Lisboa), com quase três horas de atraso em relação ao previsto.
A Faixa de Gaza deverá conhecer uma trégua, pela primeira vez desde novembro de 2023, após o acordo alcançado por Israel e pelo Hamas para parar temporariamente as hostilidades e facilitar a troca de reféns israelitas por prisioneiros palestinianos.
SVF // MSF
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